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08/12/2010

O ranking de ensino da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reforça a tese defendida pela União Geral dos Trabalhadores (UGT) de que o Brasil precisa passar por uma revolução na educação. Segundo os dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) divulgados nesta terça-feira, dia 7, em 2009, o Brasil ficou no 53° lugar entre 65 países avaliados. Isso apesar de o país figurar entre os três países que mais evoluíram desde 2000.

Para a UGT, a Educação deve ser um investimento na cidadania que começa desde o berço, ao se alocar investimentos na implementação da rede pública de creches, com inovações no atendimento educacional e na gestão. Envolvendo pais e mestres assim como as lideranças comunitárias e religiosas", diz Ricardo Patah, presidente nacional da UGT.

Realizado a cada três anos, o Pisa avalia os estudantes em habilidade de leitura, matemática e ciências. Em 2009, foram avaliados jovens de 15 anos matriculados em qualquer série a partir da 7ª série do ensino fundamental. No Brasil, mais de 20.000 estudantes de 950 escolas passaram pela avaliação, que, infelizmente, comprovou o que se esperava: as redes públicas estaduais e municipais precisam melhorar - e muito - sua

qualidade de ensino.

Enquanto a média do Brasil foi de 401 pontos, nas escolas públicas estaduais e municipais ficou em 387, pontuação essa comparável à dos sete piores países. As escolas federais tiveram o melhor desempenho com média de 528 pontos e as particulares com 502 pontos, médias que colocariam o Brasil, respectivamente, entre os oito e 20 melhores países. Ou seja, a desigualdade no Brasil reflete diretamente na educação.

Essa desigualdade persiste em termos regionais: o Distrito Federal apresentou o melhor desempenho por unidade da federação, enquanto a região Sul obteve o melhor resultado no conjunto dos estados que a compõem. Os estados que ficaram acima da média do país são: Distrito Federal (439), Santa Catarina (439), Rio Grande do Sul (424), Minas

Gerais (422), Paraná (417), Espírito Santo (414), São Paulo (409), Rio de Janeiro (408), Mato Grosso do Sul (404) e Goiás (402).

Já os três estados com pior desempenho na média geral são do Nordeste: Alagoas (354), Maranhão (355) e Rio Grande do Norte (371). No total, 17 estados ficaram abaixo da média do Brasil.

A título de comparação, a média da OCDE foi de 496 pontos. E os cinco países mais bem colocados são China (Xangai), com 577 pontos, Hong Kong, com 546, Finlândia e Cingapura, com 543, e Coreia do Sul, com 541."