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UGT na bandeira da acessibilidade


03/12/2010

03/12/2010

Nesta sexta-feira, 03 de dezembro, comemora-se O Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. Data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em outubro de 1992 e tem como objetivo conscientizar a sociedade para a igualdade de oportunidades a todos os cidadãos e promover os direitos humanos. A União Geral dos Trabalhadores (UGT) celebra a data para destacar as conquistas da pessoas com deficiência e coloca em pauta a inclusão desse segmento na sociedade.

Além de destacar a importância da conscientização da população sobre assuntos de deficiência, a UGT defende programas e políticas de governo para a melhoria de vida das pessoas com redução de mobilidade e deficientes físicos. A central sindical lançou em novembro, durante a plenária de balanços e ações para o próximo ano, a campanha Todos têm direito à acessibilidade".

O objetivo é colocar o portador de deficiência dentro do mercado de trabalho e promover cursos de especialização para que entre qualificado no meio profissional. De acordo com a Lei 8.213/91 de 24 de julho de 1991, a empresa com 100 ou mais funcionários está obrigada a preencher de dois a cinco por cento dos seus cargos com beneficiários reabilitados, ou pessoas portadoras de deficiência. Para Cris, da Secretaria de Assuntos para Acessibilidade da UGT, "a lei foi feita, mas ainda não está funcionado como deveria e as vagas existentes mínimas. Haverá uma reunião para conscientizar as pessoas para que a lei vigore e seja respeitada", acrescenta.

"Está todo o mundo mobilizado", lembra Silvana Mesquita da Silva, também da Secretaria de Acessibilidade da UGT. "Aqui em São Paulo conquistamos, através da delegacia da regional do trabalho, uma portaria onde os sindicatos representantes das categorias fariam um pacto para colocar as pessoas com deficiência no mercado de trabalho e melhor preparadas. Vagas existem, mas falta qualificação", explica.

Quanto à acessibilidade, está havendo uma movimentação das cidades, no sentido de elaborar legislações específicas para adequar, em dois anos, calçadas, passeios públicos, mobiliários, escolas. Em postos de saúde, por exemplo, estão colocando intérpretes com línguas de sinais.

"A luta está brava, mas estamos num avanço. A UGT vai ter um papel importante, no sentido de orientar os sindicatos e colaborar com a pessoa deficiente. A nossa central tem este compromisso social", defende Silvana.

Para os interessados, a secretaria de acessibilidade da UGT dá orientação desde a questão da assistência social, preparação até a colocação do mercado de trabalho.

A descoberta do mundo interno

É a partir da conscientização e compreensão que a sociedade vai realmente poder falar em políticas de inclusão. Os verdadeiros protagonistas nessa trajetória, os portadores de algum tipo de deficiência, muitas vezes são taxados de deficientes, no sentido de impossibilitados a qualquer ação.

O músico e produtor Sérgio Sá, deficiente visual de nascença, recorreu a inúmeras cirurgias, mas sem sucesso, para buscar sua visão. Os pais, impactados com a nova realidade, uma vez que não havia antecedente na família, fez o menino entender que a deficiência era apenas um obstáculo a mais e que ele não encarasse como um fim do caminho. "Apenas uma pedra", fala categórico o músico.

"A maior dificuldade é imposta por aquelas pessoas que veem. Por serem insensíveis aos outros sentidos, acabam imaginando que um cego é muito mais deficiente do que ele é. Porque sentem dificuldade em compreender a vida sem a visão", explica.

Autor de "Feche os olhos para ver melhor", Sérgio Sá começou pequeno na música. Dom que sempre o acompanhou. O som era um universo fascinante. Uma infinita caixa de brinquedo. "Fui estimulado pelos meus pais", lembra Sá. A professora Vanda, que dava aula de piano no conservatório Alberto Nepomuceno, em Fortaleza (CE), foi uma verdadeira mãe. "Ele tem um dom raro, não é um músico comum. Dizia aos meus pais que a música seria a minha grande paixão. Ela chegou a aprender braile para me incentivar", recorda.

Os anos passaram e Sá construiu sua carreira como músico, intérprete, compositor e arranjador. Já tocou com diversas figuras da música: Hermeto Pascoal, Gilberto Gil e até Stevie Wonder. Hoje tem seu estúdio, onde produz músicas e lida muito bem com a tecnologia. Para ele o computador é uma ferramenta de trabalho para criação e produção musical.

"Trabalho com leitores de telas, com eles navego na internet e escrevo os textos", diz o músico. "Vivemos no Brasil um momento de adequação bastante rico. de uns 10 anos para cá a inclusão tem sido priorizada na educação, na saúde e na economia, embora falte muito a fazer", pondera. E sugere que o poder público se preocupe com a adaptação de seus portais para os deficientes visuais.

Mariana Veltri, da redação da UGT

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