19/11/2010
19/11/2010
Depois de duas rodadas de negociações, patrões e empregados do setor de saúde chegaram a um acordo e colocaram ponto final à possibilidade de uma greve geral da categoria dos enfermeiros e técnicos em saúde no Estado do Pará. A informação foi prestada nesta quinta-feira, 18, pelo presidente da UGT-Pará e do Sinthosp (que representa os trabalhadores), sindicalista José Francisco Pereira. Pelo acordo ora firmado, referente à data-base de 1° de setembro deste ano, os técnicos e auxiliares de enfermagem que recebem o piso de R$ 532,03 vão ter aumento da ordem de 13%. Trabalhador que ganha até o piso de R$ 780,00 vai ter reajuste de 7%
acima de R$ 800,00, 6% e de R$ 1.000,00, 5%, tendo sido reposta a inflação que não chegou a 5%, portanto, com ganho real, como comemorou Zé Francisco, na sede do Sinthosp, principalmente pelo fato de os técnicos e auxiliares de enfermagem, que ganham o menor piso, terem sido contemplados com o maior reajuste.
Segundo Zé Francisco, os trabalhadores do noturno passam a ter direito, de agora em diante, a jantar e local para descanso na intrajornada de 00h à 1h. O acordo coletivo foi feito nessa quinta-feira depois de dois encontros entre o presidente do Sinthosp, José Francisco, e o presidente do Sindespa (sindicato dos proprietários de hospitais), Breno Monteiro. O primeiro encontro aconteceu na tarde de terça-feira, no Crowne Plaza Hotel, quando o sindicato patronal sugeriu a suspensão da greve deflagrada nesse mesmo dia e que paralisou os hospitais Guadalupe, Beneficente Portuguesa e Maternidade do Povo, o que foi aceito pela categoria dos técnicos e auxiliares em enfermagem. O segundo encontro aconteceu na manhã de hoje, na sede do Sindespa, no edifício Carajás, bairro de Batista Campos, quando as direções do Sinthosp e do Sindespa, depois de três horas de negociações, chegaram ao acordo, suspendendo, em definitivo, a greve.
Zé Francisco, considera que houve um avanço nas negociações e que os trabalhadores saíram vitoriosos, posto que os reajustes concedidos, cobriram as perdas de inflação e ainda houve ganho real para toda a categoria. E destacou que, caso não houvesse acordo, a greve seria deflagrada, os trabalhadores iriam para dissídio coletivo. Porém, em geral, nesses casos, além dos prejuízos para todas as partes, na Justiça do Trabalho, só é concedido aumento relativo à reposição com as perdas da inflação, o que não significaria mais de 5%.
DA ASCOM UGT/FETRACOM
UGT - União Geral dos Trabalhadores