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29/10/2010

Neste domingo (31) os 199.500 eleitores do Acre terão mais uma responsabilidade além da escolha do futuro presidente da República. Paralelamente à eleição majoritária nacional, o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) daquele estado marcou um referendo, ocasião em que os acreanos irão optar se aceitam ou não a mudança do fuso horário. Há dois anos, devido a uma mudança na lei pelo Senado, o fuso horário do Acre passou a ser de menos uma hora em relação a Brasília. Antes disso, a diferença era menos duas horas.

A Justiça Eleitoral do Acre colocará em cada posto de votação duas urnas eletrônicas. Uma para que o eleitor ou eleitora vote no futuro sucessor do presidente Lula. Na outra deverá responder a pergunta do referendo. Se a resposta for Sim" demonstrará que o votante estará de acordo com a legislação atual devendo continuar o fuso horário vigente. Se a resposta for "Não", o resultado do pleito será encaminhado ao Congresso Nacional para as devidas mudanças.

Uma das justificativas para a mudança da lei do fuso foi que durante o horário de verão o estado ficava com três horas a menos em relação a Brasília. Com isso, os bancos abriam apenas de manhã, os programas infantis iam ao ar na madrugada e filmes para maiores de 18 anos eram apresentados no horário da novela das 20h, enquanto os telejornais de horário nobre passavam às 17h15. Mães reclamam que com o horário atual os filhos são obrigados a saírem ainda de madrugada, no escuro, em direção às escolas.

De acordo com o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Acre, desembargador Arquilau de Castro Mello, a população está dividida sobre a mudança do fuso. "A sociedade está dividida. Agricultores, pessoas dos seringais, têm vontade de voltar ao antigo horário, mas a população urbana já se habituou com o novo horário.

O não comparecimento às urnas no dia 31 de outubro será considerado falta ao segundo turno, que poderá ser penalizada com multa se não for justificada. As propagandas contra e a favor da mudança do fuso serão feitas até amanhã (29), em inserções diárias no rádio e na televisão. Caso a população decida pelo fuso anterior, caberá ao Congresso Nacional fazer a mudança da lei e, em seguida, autorizar a alteração

do horário.

Arlindo Ribeiro/ Imprensa UGT

Fonte: Diário do Amazonas"