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Por unanimidade ONU aprova fim de bloqueio a Cuba


28/10/2010

A Assembléia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) aprovou por ampla maioria de seus membros uma resolução pedindo novamente o levantamento do embargo econômico e comercial de quase meio século, imposto pelos Estados Unidos a Cuba. O documento chegou a um apoio quase unânime dos 192 países da ONU. 187 membros votaram a favor, doiscontra (EUA e Israel) e houve três abstenções(Ilhas Marshall, Palau e Micronésia). A decisão foi tomada em reunião realizada nesta terça-feira (27) em Nova Iorque (Estados Unidos).

Desde o início de novembro de 1992 que a ONU vem aprovando uma resolução anual de condenação ao bloqueio dos EUA. Durante a reunião, o chanceler cubano, Bruno Rodriguez reiterou suas críticas contra o ato hostil" dos Estados Unidos e pediu o fim unilateral "do embargo", imposto em 1960, que considera política de genocídio e de guerra econômica. Disse que Havana continua preparada para se envolver em relações pacíficas e respeitosas com os Estados Unidos. Rodriguez afirmou que continuará essa luta "até que o povo cubano possa viver e trabalhar sem pressões externas", afirmou.

Na sua opinião, a política dos EUA "não tem espinha dorsal legal ou ético". Rodriguez disse que, o presidente dos EUA, Barak Obama, anunciou "um novo começo com Cuba", mas, no entanto, "nada mudou, ou usou os seus poderes amplos para facilitar o fim do bloqueio". "As sanções contra Cuba, permanecem intactas e são aplicadas com rigor", acentuou o chanceler cubano.

O chanceler referiu-se "a "perseguição" que Washington exerce sobre os bens cubanos e bens e transações comerciais efetuadas. O governo cubano calcula as consequências econômicas do bloqueio, desde a sua instituição, há 48 anos, em 751 milhões de dólares (cerca de 540 milhões de euros), tendo em conta o valor atual do dólar.

Além disso, ele observou que "as multas provenientes dos departamentos de Estado e de operações do Tesouro em Cuba corresponde a mais de 80 milhões de dólares. Rodriguez destacou que as mudanças empreendidas em Cuba "respondem às aspirações da decisão cubana e soberana e observou que "não destinam a acolher os desejos ou a satisfazer os interesses do goveno dos Estados Unidos", concluiu.

Arlindo Ribeiro/Imprensa UGT"


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