26/10/2010
A população idosa no Brasil está crescendo cada vez mais. É o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2009 (Pnad), feita pelo IBGE. De acordo com o levantamento, nas próximas 4 décadas os brasileiros com mais de 45 anos deverão responder por mais de 50% da população em idade ativa, o que poderá adiar a idade mínima para a aposentadoria compulsória, hoje estabelecida em 70 anos.
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) analisou os dados do IBGE e concluiu que, a exemplo do que vem acontecendo em países como França e Japão, o Brasil pode adotar essa medida como forma de amenizar as pressões no sistema previdenciário.
Para a coordenadora de População e Cidadania do instituto, Ana Amélia Camarano, esse novo panorama vai exigir adaptações das empresas, que precisarão adotar medidas voltadas para a saúde ocupacional, além de adequar sua estrutura física para permitir a mobilidade dos funcionários, promover capacitação para que os trabalhadores acompanhem as inovações tecnológicas, e incentivar a redução dos preconceitos com relação ao trabalho dos idosos.
A coordenadora do Ipea também ressaltou a importância da vinculação do benefício social ao salário mínimo, prevista na Constituição Federal de 1988, na redução da pobreza entre os idosos, já que entre os anos de 1992 e 2009 o percentual de idosos pobres caiu tanto entre homens (de 24,7% para 12,3%) quanto entre mulheres (de 20,8% para 11,4%).
O levantamento aponta ainda que a seguridade social representa a parcela mais importante da renda dos idosos, mas os rendimentos vindos do trabalho também são expressivos, em especial entre os homens (32,6%). Para as mulheres, a contribuição foi de 11,9%.
Com a melhor situação dos idosos, o estudo aponta também um aumento na proporção dos aposentados que chefiam famílias. Esta era a situação de 13,8 milhões de pessoas em 2009. Nesses lares, os chefes contribuíam com 54,8% da renda familiar.
Fonte: Agência Brasil
UGT - União Geral dos Trabalhadores