14/10/2010
14/10/2010
Um ranking que aponta a posição dos países no quesito igualdade entre os sexos, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial, mostra que a colocação do Brasil vem caindo nos últimos cinco anos. Entre as 134 nações pesquisadas, o país ficou na 85ª posição em 2010, quatro posições abaixo da obtida no ano passado. Em 2006, o país havia ficado na 67ª posição. O estudo mostra que a queda do Brasil ocorreu por
causa de pequenas perdas na educação e na participação política, além do avanço de outros países. As informações são da BBC Brasil e divulgadas pelo site da Agência Brasil.
Na opinião do presidente nacional da UGT (União Geral dos Trabalhadores) Ricardo Patah isso não chega a ser novidade até porque temos constado isso no nosso cotidiano, em especial no setor de comércio e serviços", diz Patah que também é o presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo e constantemente, em seus
pronunciamentos, tem denunciado essas disparidades.
A Carta de Princípios da UGT no item "Direitos Humanos" reafirma a universalidade, a indivisibilidade, a interdependência e a inter-relação de todos os direitos humanos, incluindo os direitos sociais e, particularmente, os direitos trabalhistas, que são pressupostos da liberdade, sendo, portanto, inseparáveis da igualdade das cidadãs e cidadãos não só frente à lei, mas frente às suas condições materiais e culturais de vida.
Segundo a pesquisa, a taxa brasileira de matrícula das meninas está em 93%, contra 95% dos meninos. Na economia, a participação das mulheres na força de trabalho (64%) ainda é considerada "bastante abaixo" da dos homens (85%). Além disso, a renda estimada das mulheres equivale a 60% da dos homens (US$ 7.190 contra US$ 12.006).
Os números, conforme Ricardo Patah ratificam tudo aquilo que ele vem pregando, como líder sindical brasileiro. "É de vital importância que os sindicatos filiados à UGT desenvolvam ações no sentido de fazer com que o Governo crie políticas no sentido de acabar com essa desigualdade", esclarece Patah. A UGT não aceita tal discriminação porque a mulher já provou ter a mesma capacidade que o homem no mercado de trabalho e, portanto, não é justo ser discriminada até mesmo com salários menores, informa o presidente da UGT.
O Brasil está em 123º lugar no índice que mede a percepção de igualdade salarial para trabalhos similares. No subquesito participação política, o Brasil aparece no 112º lugar, menos de 20 posições à frente da Arábia Saudita e quase 100 atrás do país latino-americano mais bem colocado, a Costa Rica."Com as mulheres detendo apenas 9% das cadeiras no Legislativo e apenas 7% dos cargos ministeriais, o Brasil pontua muito pouco nesses indicadores", diz o estudo. O relatório é elaborado todos os anos pelo Fórum Econômico Mundial. Dos 114 países que foram analisados nos últimos cinco anos, o estudo indica que em 86% houve uma redução da desigualdade entre os sexos, enquanto em 14% houve um aumento.
Arlindo Ribeiro/ Imprensa UGT
Fonte: Agência Brasil"
UGT - União Geral dos Trabalhadores