29/09/2010
29/09/2010
Neste 30 de setembro é comemorado o Dia Nacional do Secretariado e a categoria tem duplo motivo para celebrar: também festeja o aniversário de 25 anos de regulamentação da profissão, porém com alguns desafios ainda a enfrentar.
Com um quarto de século da Lei nº 7.377/85, o secretariado se consolida como uma das mais bem-sucedidas", diz Maria Bernadete Lira Lieuthier, presidente da Federação Nacional das Secretárias e Secretários (Fenassec), filiada à União Geral dos Trabalhadores (UGT).
A profissão está inserida em todos os ramos de atividades e segmentos de mercado. "São cerca de dois milhões de secretários, com excelente capacitação e com perspectivas para ampliação desse número", informa Bernadete Lieuthier, visto a expansão acadêmica com cursos na área em todo o país.
Com 25 anos de vigência, a regulamentação da profissão, com a exigência de registro, ainda não é devidamente respeitada no mercado. "O órgão que deveria fiscalizar esse exercício irregular da profissão não o faz por falta de material humano nas Superintendências do Trabalho", explica Bernadete.
É visível o progresso da categoria, que chegou a ser reconhecida por ter os profissionais mais bem preparados do mundo, já em abril de 2001, pelo jornal britânico "The Guardian".
"Com a implantação das Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de graduação em secretariado executivo, o profissional passou a ter um novo perfil. Hoje ele é um assessor, um co-gestor, um empreendedor e um consultor", completa a presidente da Fenassec.
Conquistas
Nesses 25 anos foram várias conquistas alcançadas, dentre elas destacam-se:
- Parceria com o Ministério da Educação e Instituto de Ensino Superior (IES) para promover eventos para a melhoria da qualidade do ensino e da formação profissional.
- Acordo de cooperação técnica firmado com países de Língua Portuguesa, para capacitar os secretários estrangeiros, a exemplo de Moçambique, Portugal, Cabo Verde e Angola.
- Revista Excelência que coloca em debate, a cada três meses, temas como o mundo do trabalho, novidades acadêmicas e últimas ferramentas e modelos de gestão do mundo globalizado.
Bernadete diz que hoje a grande luta é pela criação do Conselho Federal de Secretariado, com o objetivo de consolidar a profissão e fazer valer os direitos da categoria.
Com vistas ao fortalecimento das relações do profissional de secretariado com a sua entidade base, a Fenassec está com um projeto de ações para reestruturação de alguns sindicatos, bem como criação de outros.
Curiosidade
A profissão começou com o sexo masculino, na época das grandes revoluções. "Quem assessorava Napoleão eram homens, mas com a necessidade deles irem para a guerra, as mulheres começaram a substituí-los", diz Bernadete.
Daí, a categoria começou a ficar com cara feminina. Mais recentemente, a presença masculina começou a aumentar nos cursos, e, hoje, 10% já são homens. Também nos sindicatos da categoria não há homens na direção.
A Federação, há uns dois anos, começou a mudar o discurso e se refere a quem trabalha no ramo como profissional de secretariado. "No último congresso da categoria, em maio deste ano, em Fortaleza, foi apresentado um trabalho voltado para o homem no secretariado".
Para acompanhar as ações da Fenassec, visite o site: www.fenassec.com.br .
Mariana Veltri, da redação da UGT"
UGT - União Geral dos Trabalhadores