23/09/2010
23/09/2010
Dados da OIT (Organização Internacional do Trabalho) revelam que cerca de 215 milhões de crianças e adolescentes em todo o mundo realizam atividades laborais. Para a Marcha Global, movimento internacional contra o Trabalho Infantil, a exploração do trabalho infantil e de adolescentes representa um obstáculo para a conquista dos ODMs ( Objetivos de Desenvolvimento do Milênio). Diante disso, a organização aproveita o encontro realizado nos dias 20 e 22 deste mês para encaminhar à ONU (Organização das Nações Unidas) e aos chefes de Estado, documento onde pede mais atenção no combate ao trabalho infantil.
Para a UGT (União Geral dos Trabalhadores), segundo Mônica da Costa Mata Roma, secretária adjunta da Secretaria Internacional de Integração para as Américas, isso é preocupante. É uma demonstração inequívoca de que esse procedimento criminoso vem sendo utilizado em pleno Século 21", diz, ressaltando que "A UGT é implacável na luta pela erradicação da exploração da mão de obra envolvendo crianças e adolescentes por ser desumana e operada na clandestinidade e marcada pelo autoritarismo, corrupção, segregação social, clientelismo e total desrespeito aos direitos humanos".
A idéia da Marcha Global contra o Trabalho Infantil é entregar uma petição ao Secretário Geral da ONU solicitando mais visibilidade sobre a questão envolvendo o trabalho infantil, em suas discussões. Para isso, a Marcha pede o estabelecimento dos indicadores de trabalho infantil para cada ano dos ODMs e a incorporação da erradicação da exploração trabalhista de menores nos Objetivos do Milênio.
Ao mesmo tempo em que enaltece a preocupação dos integrantes dessa organização, a dirigente ugetista lembra que a Declaração de Princípios da UGT defende que, no Brasil, tais práticas, bem sejam tipificadas como crimes inafiançáveis e, ocorrendo no meio rural, as propriedades sejam entregues para a reforma agrária. "É profundamente revoltante ver que esse tipo de exploração continue a crescer no mundo. É preciso dar um basta nisso, custe o que custar, doa a quem doer", afirma Monica.
Outras demandas da Marcha Global contra o Trabalho Infantil são, segundo informações de Leandra Perpétuo : a destinação de recursos adequados para erradicar e prevenir todas as formas de trabalho infantil, o fortalecimento dos programas e a vinculação do processo de monitoramento e revisão dos ODMs com o Plano de Ação para conseguir a erradicação das piores formas de trabalho infantil para 2016.
Mais informações sobre a Marcha Global podem contra o trabalho infantil podem ser obtidas acessando o site http://www.globalmarch.org/< span style="font-size: small
UGT - União Geral dos Trabalhadores