01/09/2010
31/08/2010
Uma carta será entregue aos cinco candidatos ao governo do Estado propondo parceria para elaboração de políticas públicas que objetivam emprego e aumento de renda via qualificação profissional. O evento aconteceu ontem na sede do Sindicato dos Urbanitários
O economista Roberto Sena, supervisor técnico do Dieese Pará, em reunião ontem com a União Geral dos Trabalhadores no Pará e demais centrais sindicais, na sede do Sindicato dos Urbanitários, à avenida Duque de Caxias, bairro do Marco, em Belém, disse que o Pará continua crescendo em ritmo acelerado no tangente à geração de emprego. Neste contexto, devem ser gerados em torno de 120 mil novos postos de trabalho nos próximos anos, porém, corre-se o risco de não atingirmos nem 50% dessa meta por absoluta falta de mão de obra qualificada. O encontro de Sena com as centrais sindicais teve o objetivo de fazer o alerta para o problema da qualificação, que acarretará na absorção de mão de obra genuinamente paraense, do contrário, essas vagas serão ocupadas por pessoas vindas de outros estados.
Só para se ter uma idéia do crescimento na geração de emprego, somente neste ano foram abertos no Pará em torno de 23 mil novos postos de trabalho, quase o triplo do que se observou em igual período ano passado, em plena crise econômica mundial, quando o Estado não gerou nem oito mil vagas. Sena disse, ainda, que no nosso Estado trabalham formalmente em torno de 3,4 milhões de pessoas, mas um montante de 1,7 milhão, ou seja, 37%, ganham apenas o salário mínimo e ele atribui essa baixa renda à falta de qualificação profissional que não deixa o trabalhador ascender a cargos e assim aumentar sua renda.
As centrais sindicais, juntas, representam universo de 90 por cento da classe trabalhadora no Pará. Por esta razão, Sena acredita que, juntas, as centrais podem chegar aos candidatos ao governo do Estado a fim de que sejam traçadas metas de políticas públicas voltadas para a qualificação profissional e final geração de emprego e renda para os trabalhadores paraenses, mudando bastante o quadro que se vislumbrou nas últimas duas décadas de contratos de pessoas oriundas de outros estados, sobretudo do eixo Sul-Sudeste, além de emigrantes do Nordeste.
ASCOM/FETRACOM/PA/AP - Cristina Nascimento e Roberto Barbosa
UGT - União Geral dos Trabalhadores