08/09/2010
08/09/2010
por Miguel Salaberry, presidente do Secefergs
O glorioso Internacional de Porto Alegre, que tantas alegrias dá para sua torcida, nos garantindo, inclusive, a Libertadores, tem sua administração do futebol ofuscada pela atuação, irresponsável e inconsequente, de seu vice-presidente administrativo Décio Hartmann, que adota uma atitude antisindical e antifeminista nas negociações com o sindicato que representa os trabalhadores e trabalhadoras do clube.
Estamos em negociações salariais com o Internacional desde o ano passado e, diferentemente, dos acordos conseguidos com o Grêmio por exemplo, onde fixamos o auxílio creche em 510,00, o senhor Décio Hartmann, diretor-administrativo, se vale da prepotência de seus hábitos militares, que tenta implantar no clube e insiste em um auxílio creche de apenas R$ 106,00 (o que significaria um reajuste de apenas 6%, em relação ao ano passado). E o pior, na tentativa de pressionar o Secefergs, que representa os trabalhadores e trabalhadoras do clube, condiciona a negociação à demissão de um dos diretores do nosso sindicato, o que caracteriza prática antisindical, condenada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), pela nossa Constituição e pela União Geral dos Trabalhadores, central sindical da qual somos filiados e da qual participamos da direção nacional.
Todo o brilho e eficiência da excelente administração do futebol pode vir a ser comprometido ao se criar, com a atitude irresponsável de Décio Hartmann, um passivo trabalhista para o Internacional. Passivo trabalhista que tende a se acumular e que aparecerá mais cedo ou mais tarde. Ao se posicionar claramente contra as mulheres e mães trabalhadoras do Internacional, Décio Hartmann arranha a imagem do Internacional no momento que não interessa a ninguém, nem à sua torcida e nem aos seus trabalhadores e trabalhadoras denunciar as práticas antisindicais e antifeministas ao colegiado da Organização Internacional do Trabalho (OIT) com reflexos diretos na campanha mundial do clube. Mas, a persistir o impasse, a prepotência e o desrespeito da gestão administrativa, o Secefergs levará sua campanha até as últimas consequências na defesa dos interesses dos seus associados e associadas para extirpar práticas antisindicais e antifeministas adotadas por um administrador irresponsável que tenta implantar métodos que, infelizmente, trouxe dos tempos da ditadura militar para dentro do nosso glorioso Internacional.
UGT - União Geral dos Trabalhadores