16/07/2010
16/07/2010
Lutar pelo reconhecimento, através de lei federal, da profissão de motorista de ambulância, como da área da saúde e instituir a esses trabalhadores um piso salarial, são algumas das bandeiras do Sindmaesp (Sindicato dos Motoristas de Ambulância do Estado de São Paulo). Quando pensamos em fundar o sindicato procuramos diversas centrais sindicais, mas nenhuma acreditou no nosso projeto, até que, através Chicão e do Sérgio, do Sindicato dos Guincheiros, estivemos na UGT onde fomos bem recebidos pelo seu presidente Ricardo Patah e pelo dirigente Chiquinho Pereira que nos deram todo apoio necessário", declara o presidente Alex Douglas dos Santos. Toda documentação necessária já foi protocolada no MTE (Ministério do Trabalho e
Emprego), mas a primeira diretoria eleita já vem atuando.
Segundo estimativas, só na Região Metropolitana da Grande São Paulo existem cerca de 80 mil motoristas de ambulância. Alex acredita que nos 634 municípios paulistas deva existir pelo menos outros 70 mil, "a maioria trabalhando mais que 44 horas semanais e em dois empregos para garantir a sobrevivência dele e da família", cita Alex, ressaltando que o salário médio é de 900 reais mensais. Além da função de motorista de ambulância, na prática esse trabalhador acaba exercendo outras, auxiliando a equipe médica. "Esse motorista faz imobilização da vítima, ajuda nas ações de parada respiratória, faz massagens e outras, completamente alheias à sua real função", diz Alex Douglas dos Santos, acreditando que, num universo de um a cem, o motorista tem a
responsabilidade de 7 0% dos serviços durante uma operação de resgate.
Trabalhando na área há 15 anos, Alex conta que a atividade de um motorista de ambulância é bem diferente da de outros motoristas. Explica que ao conduzir uma ambulância o profissional tem que estar concentrado, procurando os caminhos mais rápidos para se chegar a um hospital mais próximo, sem com isso deixar de ficar atento ao paciente que transporta e com os integrantes da equipe de paramédicos. "Até porque esse motorista não pode fazer dele ou de seus companheiros as próximas vítimas", alerta o presidente do Sindmaesp. Nem sempre pelo que faz o motorista é reconhecido e valorizado. Alex informa que nem todos motoristas chegam a almoçar devido às exigências das empresas para quais trabalham. E quando almoçam, acabam fazendo fora de horário. A primeira diretoria eleita apóia integralmente a iniciativa da UGT na luta pela redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais.
A fundação do Sindmaesp nasceu com apoio da Amcaesp (Associação dos Motoristas Condutores de Ambulância do Estado de São Paulo). O Congresso de Fundação ocorreu em novembro do ano passado e a primeira diretoria eleita tem os seguintes dirigentes: Alex Douglas dos Santos (Presidente), Marcos Marques da Silva Leite (Vice-Presidente), Marco Antonio Montoanelli (Secretário Geral), Anselmo Dirceu Prates (Diretor), Elinaldo Clemente da Silva (Tesoureiro), José Taruffi Ramos(Diretor). O Conselho Fiscal é formado por: Luciano Galhardo Torres, Elias Nascimento dos Santos, Jamerson Santos de Melo, Ricardo Henrique de Lima e Elenildo Clemente da Silva. A sede provisória fica na Rua Castro Teixeira, 283- Vila Carrão, telefone (11) 2036-8756.
Arlindo Ribeiro"
UGT - União Geral dos Trabalhadores