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As centrais sindicais realizaram na terça, dia 29, um encontro na sede da UGT, em São Paulo, que contou com a participação do especialista em trabalhadores da OIT (Organização Internacional do Trabalho) Carlos Rodrigues Diaz. Participaram da reunião representantes da UGT, CUT, Força Sindical, CGTB, CTB, Nova Central e Dieese, que apontaram a Carlos alguns dos principais problemas enfrentados pelos trabalhadores brasileiros e pelas centrais no que diz respeito a práticas anti-sindicais.

A OIT terá a difícil missão de garantir proteção aos sindicatos e organizar um plano de ação para acabar de vez com as práticas anti-sindicais. No Brasil, existe uma legislação que defende a liberdade sindical, mas mesmo assim o movimento ainda é pouco reconhecido. Para Wagner José de Souza, 1° secretário adjunto de relações internacionais da UGT, isso acontece porque o Poder Judiciário do país recebe muita influência dos patrões.

Outro ponto que ganhou destaque no encontro foi o fato de as centrais atuarem fora das empresas, dificultando o acompanhamento dos trabalhadores. Além disso, foram citados também problemas como trabalho escravo, assassinatos e perseguições de sindicalistas envolvidos com a reforma agrária
falta de proteção aos trabalhadores, falta de proteção social e falta de acompanhamento de queixas.

Para Diaz, o Brasil já deu provas de que pode superar problemas, como aconteceu durante a crise econômica global, quando o país conseguiu gerar empregos. Mas, para resolver o problema das práticas anti-sindicais, as centrais precisam unificar experiências.

O plano da OIT é apurar as causas e efeitos das práticas anti-sindicais e torná-los públicos, além de criar comissões para atuarem em conjunto com as centrais e impedir que o Poder Judiciário influencie em qualquer manifestação sindical.

Os planos de ações ainda não foram definidos, mas sabe-se que atenderão às necessidades dos sindicatos, serão centralizados nos secretários de relações internacionais e deverão contar com um portal na internet, cartilhas e seminários de informação.

A OIT recebeu das centrais sindicais um projeto que já prevê alguns planos de ações, mas Diaz ainda precisa integrar esse projeto aos planos de ação da OIT. De acordo com ele, assim que tudo estiver acertado, as próprias centrais tomarão frente para dar início aos trabalhos. Carlos Rodrigues ainda destacou que o plano da OIT para o Brasil é buscar melhorias na organização sindical"."