26/05/2010
A extensa jornada de trabalho continua sendo um dos principais problemas no setor. Em 2009, o comércio registrou a maior jornada média semanal praticada em quase todas as regiões metropolitanas pesquisadas, quando comparado com os demais setores de atividade econômica, segundo Dieese
Pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) que será divulgada na íntegra durante a realização do 3º Congresso Nacional dos Trabalhadores do Comércio e Serviços, aponta que os comerciários representam 18,6% do total da força de trabalho no país (total de 34,5 milhões de trabalhadores), sendo que apenas 7,3 milhões deles têm carteira assinada (dados do Ministério do Trabalho e Emprego).
O setor do comércio é o terceiro maior empregador, só perde para os setores de serviços e indústria.
Em 2009, o comércio abriu 297.157 novas vagas de trabalho formal, cerca de 30% do total de postos gerados na economia no ano passado (995.110). Quando comparado a outras atividades, os resultados do setor são ainda mais animadores, visto que a construção civil contratou 177.185 novos trabalhadores e a indústria 10.865. De janeiro a abril de deste ano, foram criadas 74.039 novas vagas no comércio.
Jornada de trabalho
Os trabalhadores do comércio têm em média uma jornada de trabalho de 46 horas semanais nas regiões metropolitanas.
A extensa jornada de trabalho continua sendo um dos principais problemas no setor. Em 2009, o comércio registrou a maior jornada média semanal praticada em quase todas as regiões metropolitanas pesquisadas, quando comparado com os demais setores de atividade.
Diante deste quadro é urgente que a profissão seja regulamentada, um dos temas que serão amplamente debatidos durante o Congresso. São mais de 60 anos de luta travada pelos dirigentes sindicais do setor.
A remuneração média dos trabalhadores do comércio ficou entre R$ 625 em Recife e R$ 1.078 no Distrito Federal. No entanto, a receita com vendas do setor cresceu 10% em 2009. E os dados de faturamento por empresa revelaram que somente a participação no mercado das três maiores redes atingiu 40% do faturamento total do setor em 2009 (R$ 71,6 bilhões).
No primeiro trimestre deste ano, o volume de vendas cresceu 12,78% e a alta na receita nominal alcançou a taxa de 15,64%, frente a igual período do ano anterior.
Megafusões
Os processos de fusões no setor estão na ordem do dia com aquisições entre grandes redes varejistas. Um elemento a ser considerado nesta discussão é o alto grau de concentração já existente e caso não haja nenhuma regulamentação se intensificará podendo impactar negativamente nos empregados do segmento, gerando mais precarização e flexibilização das relações de trabalho.
O evento ainda abordará o papel da mulher trabalhadora na sociedade atual e nos movimentos sociais (atuam no setor 40% de mulheres), Previdência Social, segurança e saúde no trabalho, e a implantação efetiva do Fator Acidentário de Prevenção/FAP (Decreto 7.126, que entrou em vigor em 3 de março de 2010). (Fonte: Século Comunicação Integrada)
Fonte: Agência Diap
UGT - União Geral dos Trabalhadores