18/05/2010
Roberto Santiago (*)
No dia 16 de maio comemoramos, em São Paulo, o Dia do Trabalhador da Limpeza Urbana, que muitos conhecem como o Dia do Gari. É uma data em que os trabalhadores do setor, o seu sindicato, o Siemaco, a sua federação, a Femaco, e a população de São Paulo aproveitam para refletir sobre a função que os varredores e coletores de lixo exercem na cidade.
E basta a gente conhecer um pouco a dinâmica de nossas casas para perceber a importância de ter profissionais ocupados com a coleta e encaminhamento do lixo urbano numa cidade que produz, por dia, 15 mil toneladas de lixo.
A atuação diária, dia e noite, dos varredores e coletores, é essencial para garantir a saúde pública de São Paulo, de seus bairros, avenidas, vilas e comunidades.
É uma tarefa que nos coloca em igualdade de condições com as donas de casa, sempre preocupadas em manter a higiene doméstica como garantia da saúde da família, e que, por entender nossa entrega, se tornam as grandes apoiadoras da nossa causa, ao embalar corretamente os materiais cortantes, a nos tratar com respeito e dignidade.
Não podemos (e nem queremos) passar um dia sequer sem limpar São Paulo e quaisquer uma das cidades do Estado sob nossa responsabilidade. E só em São Paulo mobilizamos mais de 13 mil trabalhadores e trabalhadoras que, mesmo ao cumprir com altivez suas funções, muitas vezes são discriminados e confundidos com o lixo que tão zelosamente se ocupam para tirar da frente de nossas casas e dar o encaminhamento que a Prefeitura determina.
No Estado de São Paulo, que também registra a data, outros 40 mil garis e coletores seguem a mesma rotina, todos com orgulho de trabalhar pela saúde pública de suas cidades.
Por isso, no Dia do Trabalhador da Limpeza Urbana, o Dia do Gari, se preferirem, vamos homenagear estes homens e mulheres, brasileiros como a gente, que correm atrás de caminhões por jornadas de até 13 horas diárias, percorrendo às vezes 30 quilômetros.
E que, no dia seguinte, voltam de novo com alegria, dispostos a limpar nossas ruas e avenidas, a recolher nosso lixo doméstico e hospitalar. Porque são varredores e coletores, são cidadãos brasileiros que se orgulham ao assumir a responsabilidade de cuidar da saúde pública de São Paulo e de todas as cidades onde atuam.
(*) Roberto Santiago, vice-presidente nacional da UGT, presidente da Femaco, Federação dos Coletores e Varredores do Estado de São Paulo e deputado federal pelo Partido Verde
UGT - União Geral dos Trabalhadores