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A fusão das empresas Pão de Açúcar, Casas Bahia e Ponto Frio foi o tema central do debate sindical promovido pela Fecombase (Federação dos Empregados do Comércio dos Estados da Bahia e Sergipe) filiada à UGT (União Geral dos Trabalhadores). Na oportunidade, a federação recebeu o presidente do SEC-SP (Sindicato dos Comerciários de São Paulo), Presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, que também é presidente da UGT e funcionário do Grupo Pão. Patah esteve acompanhado do secretário John Fernandes. de Políticas Econômicas da UGT.

Segundo Patah, por ser membro do CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social), teve a oportunidade de participar de uma reunião com a empresa Pão de Açúcar. Na ocasião os empresários garantiram que não haveria demissões no quadro de funcionários de vendas. Todavia, deixou em aberto as possíveis demissões no setor administrativo. Nossa ideia é fazer um levantamento nas lojas Casas Bahia e Ponto Frio e um acordo parecido com o de São Paulo", disse o presidente da UGT.

Ricardo Patah também apontou uma outra preocupação que vai além da questão corporativa.Lembrou que o Grupo Pão de Açúcar é uma empresa de grande poder de negociação e essa fusão certamente vai dar muito mais potência a ela, o que pode gerar um rombo na concorrência e possíveis demissões. O Secretário de Políticas Econômicas da UGT, John Fernandes, fez uma explanação sobre a relação entre o processo constante de fusão de empresas e a globalização, oferecendo muito sabiamente um panorama mundial desta situação, o que nos traz a refletir e compreender melhor a situação num contexto macro.

O presidente da Fecombase, Márcio Fatel acredita ser necessário uma articulação entre representantes sindicais e comerciários de cada estado, formando grupos que possam dialogar com o Pão de Açucar. "Precisamos nos reunir e produzir um documento em que aponte todas as nossas preocupações e sugestões, para daí encaminharmos para os empresários, tentando um acordo que iniba ou diminua o prejuízo à categoria", enfatiza Fatel.

No mês de fevereiro o Grupo Pão de Açúcar teve uma reunião com o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) obtendo a garantia de que vai poder adquirir o Ponto Frio e as Casas Bahia. Porém terão que seguir algumas determinações do CADE como: manter as lojas nas cidades em que houver Casas Bahia e Ponto Frio
manter o nível de emprego nas lojas e centros de distribuição
manter o nível dos investimentos em propaganda e marketing. As empresas não podem fazer campanhas conjuntas, não podem fechar centros de distribuição
a política de crédito de cada uma deve ser mantida, entre outros tópicos.

O CADE pretende monitorar o cumprimento do acordo através de relatórios bimestrais que deverão ser apresentados pelo Grupo Pão de Açúcar. Fizeram parte da mesa o presidente da UGT Bahia Álvaro Rios, o presidente da Fecombase, Márcio Fatel e a presidente do Sintfarma(Sindicato dos Trabalhadores em Farmácia), Eliana Santos de Melo.Participaram dos debates os presidentes dos seguintes sindicatos de comerciários, Solineide Lima (Eunápolis), Magnovanda Paim (Catu), Onília de Sousa Lopes (Jacobina), José Carneiro da Silva (Candeias), Maria Nilda Santana (Camaçari), Adrião Barbosa (Alagoinhas), Wallington Brito (Itapetininga), Maria Aparecida (Jequié), Clismélia Mali(Ilhéus). Cândido (Vera Cruz) e Mágno Lavigne, diretor da UGT da Bahia, dentre outras lideranças sindicais. (Leonardo Parente/Imprensa/Fecombase )."