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Dissidentes Cubanos


12/03/2010



Enilson Simões de Moura - Alemão

O problema dos presos políticos em Cuba e que protestam com greve de fome traz à baila novamente aquela ilha do Caribe que embalou sonhos ao som de Guantanamera. Cuba representava então a modernidade de uma América livre e senhora de seu próprio destino. O tempo passou e os governantes de Cuba tiveram o dom de nos transformar em ridículos. Sim, qualquer um que no passado tenha simpatizado com o movimento revolucionário cubano hoje deve se sentir ridículo diante do que se transformou aquela ilha que está muito mais perto de se tornar um novo Haiti do que um país pujante que acreditávamos existir no passado. O mundo descrito por Orwel em 1984 é quase um conto de fadas diante do que existe hoje em Cuba.

Devemos nos lembrar que o preso de consciência Orlando Zapata, de 44 anos, falecido no dia 23 último passado, não era um dissidente aloprado. Era adotado pela Anistia Internacional que reconhece o movimento da Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional da qual ele fazia parte. Outro dissidente, Guilhermo Fariñas, em greve de fome há duas semanas, encontra-se em estado grave. Seu crime: exigir acesso à internet sem restrições na ilha. Isso mesmo. Nos países livres os pais se preocupam com o que seus filhos estão acessando na internet. O governo cubano se coloca no lugar daquele grande irmão" de Orwel e impede a livre circulação de idéias. Aquela Cuba Libre que sonhamos hoje só existe num copo de rum com coca-cola. Infames esses que destruíram nosso sonho e transformaram Cuba e um museu a céu aberto de todos os erros do comunismo bolchevista. Os avanços na área de educação e saúde, a passos largos vão sendo destruídos pela inércia governamental. Muitos cubanos têm, como animais de estimação, porcos e galinhas. Não, eles não farão companhia por muito tempo. Logo serão servidos num dia especial. Que situação.

É urgente prestar solidariedade a esses heróicos ativistas que, na verdadeira tradição de José Marti, entregam sua vida em benefício de toda uma coletividade. O mundo não pode assistir passivo a criação de um novo Haiti desesperançado. É preciso dar um basta e exigir da ONU e da OEA medidas que obriguem Cuba a se abrir para o século XXI. Cuba deve conservar sua identidade, a transição deve ser pacífica. Mas isso vai depender do bom senso daqueles que estão no governo. As vinhas da ira já começaram a fermentar.

(*)Enilson Simões de Moura - Alemão, é Vice-presidente da União Geral dos Trabalhadores UGT e Presidente do Sindicato dos Empregados em Centrais de Abastecimento de Alimento - Sindbast

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