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UGT, Alguns aspectos da situação econômica mundial


04/03/2010



Estamos nos acostumando a conviver com bolhas ou crises econômicas de tamanhos crescentes. 2008 e 2009 foram os anos de crise dos bancos e 2010 será o ano de crise dos países, principalmente dos EUA e alguns países da Europa.

Os trilhões que foram injetados para evitar que a recessão se tornasse depressão criaram uma bolha que deverá ser lentamente esvaziada, para que as economias comecem a funcionar normalmente. A China e o Brasil já iniciaram esse processo através de reduzir o acesso ao crédito. Esse processo aumentou o grau de incerteza no mercado, pois, uma vez iniciado precipitadamente, levará a economia mundial para mais uma queda. O Japão já caiu novamente numa fase deflacionaria.

Nos últimos meses a Grécia apresentou problemas sérios com a sua dívidas. O tamanho das dívidas e a maneira como foram escondidas através do uso de derivativos (ajudados pelo Goldman Sachs) desestabilizou o mercado, que passou a temer um efeito dominó, pois isso levaria outros países, com Espanha, Portugal e Irlanda juntos. O resultado é flagrante na queda das bolsas e de commodities. Para sair da crise, Grécia, Espanha, Portugal e Irlanda terão de tomar medidas drásticas, que já estão provocando protestos nesses países. Se não fizessem parte da zona de Euro, esses países poderiam desvalorizar suas moedas. Sem essa arma, esses países terão que fazer cortes nos benefícios e gastos do governo. Como todos eles foram os mais beneficiados quando do ingresso na União Européia, eles farão de tudo para se manter dentro dela, e a UE fará o necessário para salvá-los. É importante lembrar que o principal motivo da formação da União Européia foi político, ou seja, para consolidar a democracia na região, e não econômico.

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