24/02/2010
Diante do aprofundamento da crise econômica e ataques aos direitos e salários dos trabalhadores, os protestos se intensificam na Grécia. Nesta quarta feira (24) acontece uma grande mobilização como continuidade das manifestações que ocorreram no último dia 10, quando trabalhadores e estudantes fizeram piquetes nas portas das fábricas e locais de trabalho. A população tomou as principais vias de Atenas, demonstrando uma disposição de luta que há muito não se via.
A greve foi convocada pela Confederação Geral de Trabalhadores da Grécia (GSEE) em resposta ao plano do Executivo de cortar em 10% os gastos públicos para este ano, congelando os salários e aumentando a idade para aposentadoria.
O Governo deixou claro que não há alternativa para superar a crise econômica, sem precedentes nas últimas décadas, e que ameaça a credibilidade da zona do euro. Os outros países que utilizam o euro exigem que Atenas consiga levar o déficit público de 12,7% para 8,7% do Produto Interno Bruto (PIB).
O déficit, o maior da zona do euro, e a dívida pública de 300 bilhões de euros, junto com a acusação de suposta falsificação de dados sobre a economia, abalaram a credibilidade da Grécia nos mercados internacionais. Atualmente, uma equipe de observadores da Comissão Européia, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Central Europeu (BCE) está na Grécia para supervisionar a execução das medidas exigidas para superar a crise.
UGT - União Geral dos Trabalhadores