25/02/2010
Prevenção, diagnóstico e tratamento são os remédios mais eficientes para acabar com doenças relacionadas ao trabalho. Dentre as doenças mais frequentes esta a Lesão por Esforço repetitivo (LER) ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). Bancários, trabalhadores do comércio e serviços, da industria têxteis e confecções, dentre outros lideram os casos de LER/DORT. Temos também muitos metalúrgicos, digitadores, operadores de telemarketing, de linha de montagem, secretárias, entre outras profissionais que também constam das atividades que mais sofrem com estas doenças.
A partir do ano 2000, no último dia do mês de fevereiro, criou-se o Dia Internacional de Prevenção das Lesões por Esforços Repetitivos (LER), ou Distúrbios Ósteo Musculares Relacionados ao Trabalho (DORT). Pela primeira vez na história, uma doença profissional passou a ser considerada como questão de saúde pública mundial.
Por isso, nesse dia 28 de fevereiro, Dia Internacional de Prevenção às LER/DORT, sindicalistas e diversos seguimentos da sociedade devem realizar atividades e manifestações destinadas a esclarecer o poder público e as empresas, sobre as causas desse mal, seu impacto social e econômico e, sobretudo, para a necessidade de que medidas urgentes sejam adotadas para evitá-lo. A LER/DORT hoje é uma questão de saúde pública mundial.
As LER/DORT - como são conhecidas - são siglas que abrigam diversas doenças, tais como tendinite, tenossinovite, bursite, síndrome do túnel do carpo e epicondilite, entre outras.
Os números, que já são alarmantes, podem ser ainda maiores, considerando que os dados publicados muitas vezes não contemplam todos os lesionados, por falta de notificação e mascaramento das doenças. Também, não são registrados os acidentes e doenças dos trabalhadores informais e as empregadas domésticas.
De com acordo com dados do INSS, as LER/DORT são a segunda maior causa de afastamento do trabalho, atingindo os profissionais principalmente na faixa etária entre 30 e 40 anos, sendo a de maior prevalência entre as doenças do trabalho - entre 80 e 90% dos casos registrados pela Previdência Social nos últimos anos. As mulheres são mais vulneráveis.
Muitas vezes a LER/DORT é irreversível, pois o tratamento só é iniciado quando a doença esta em estado avançado, incapacitando o trabalhador para o resto da vida.
As lesões ou distúrbios ocupacionais são quase sempre previsíveis e, mesmo assim, ainda cresce o número de casos. Qualquer movimento repetitivo, má postura, falta de otimização das condições de trabalho, baixo condicionamento físico e trabalho ininterrupto com jornadas excessivas podem colocar os trabalhadores sob o risco da LER/DORT.
Muitas empresas que mantêm ambientes e rotinas inadequadas à saúde dos empregados vêem na adoção de medidas de prevenção da LER/DORT um sinônimo de gastos e despesas desnecessárias. Temos que lutar para a conscientização de que estas medidas não são custos, e sim investimentos. Medidas de prevenção e manutenção de um ambiente saudável, livre de acidentes e adoecimento garantem um empregado saudável e produtivo.
Verificando os número e gravidade das ocorrências, é primordial a continuidade do trabalho de prevenção para evitar as consequências negativas para o trabalhador e para a sociedade.
Importante que o movimento sindical esteja atento e desenvolva junto à categoria campanhas de conscientização de prevenção e promoção de um ambiente saudável no trabalho. Devemos na medida do possível acompanhar nossa categoria portadora de LER/DORT nas ações públicas, perícias medicas, encaminhamentos aos CERESTs, mediações junto ao INSS, entre outros, denunciando também junto a órgãos competentes descasos e descriminação publica com os portadores de LER/DORT.
Nós, sindicalistas e profissionais de Prevenção da Saúde do Trabalhador cobramos uma profunda e urgente mudança na cultura de nossa sociedade, empresários, INSS, o próprio Estado como empregador, para que, como países civilizados que pretendemos ser, possamos dar todo o apoio aos já portadores de LER, facilitando seu tratamento e investindo em sua readaptação, conforme o caso, mas, principalmente, investir na prevenção, para não continuarmos a perder nossos trabalhadores em plena capacidade, para um mal que vem destruindo corpos, mentes, famílias, sociedade, Nação.
CONTE COM SUA CENTRAL SINDICAL !!!!!!!
CONTE COM SEU SINDICATO !!!!!!!!!
UGT - União Geral dos Trabalhadores