08/02/2010
A direção nacional da UGT (União Geral dos Trabalhadores ) promoveu na manhã desta segunda-feira (8) uma palestra do ministro José Pimentel, da Previdência Social. Participaram os presidentes estaduais da UGT além de dirigentes de sindicatos a elas filiados. Através de gráficos, o ministro fez uma explanação sobre o tema A Previdência Social Vive Um Novo Tempo : Avanços, Desafios e Perspectivas".
Citou, por exemplo, que 82% das pessoas com mais de 60 anos contam com cobertura da Previdência. Falou da preocupação do atual governo no tocante ao aumento da gravidez precoce envolvendo jovens de 14 a 18 anos que são obrigadas a abandonar os estudos e, muitas não tendo trabalho, acabam ingressando no tráfico de drogas ou na criminalidade.
O titular da pasta da Previdência Social disse que a população do Brasil tende a diminuir até 2.050. A média atual de filhos por mulher é de 2,35, mas nos próximos 15 anos deverá cair para 1,5 filhos por mulher. "Esses dados fez com que a Previdência refizesse seus números. Isso porque inicialmente trabalhávamos com a perspectiva de que em 2050 a população do Brasil seria de 259 milhões de pessoas, diante da queda na natalidade nossa população será de 215 milhões de brasileiros. Isso significa que a população deixará de crescer", completou. Sobre a expectativa de vida no Brasil que é de 80 anos para os homens e 83 para as mulheres, a partir de 2050 passará para 82 e 87, respectivamente homens e mulheres.
Fator Previdenciário
Sobre o Fator Previdenciário, que a UGT se posiciona contra e pede a sua extinção, o ministro Pimentel justificou que nos anos de 2008 e 2009 de cada 100 benefícios, apenas 7 são alcançados pelo fator previdenciário. Segundo ele, na sua maioria funcionários das empresas estatais ou de multinacionais, sendo que muitos se aposentam e continuam trabalhando recebendo salários dobrados e impedindo a contratação de novos funcionários. O ministro argumentou ainda que a questão polêmica do fator previdenciário se refere a "média curta" que baseia o valor de acordo com as 36 últimas contribuições. "O homem rico contribui 32 anos sobre um salário mínimo e nos três últimos anos ele contribui sobre teto, e quem vai pagar a conta são os trabalhadores".
O presidente Ricardo Patah, voltou a enfatizar que a UGT é contrária aos encaminhamentos que as demais centrais vêem dando a questão do Fator Previdenciário. "É uma questão de princípios. Nós não admitimos que qualquer trabalhador, que deu sua vida, seu sangue, seu suor, na hora de receber seja tungado na hora de receber por tudo o que ele trabalhou", afirmou Patah, que destacou a importância da presença do ministro na sede da UGT que continuará defendendo uma proposta que beneficie toda a classe a trabalhadora."
UGT - União Geral dos Trabalhadores