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Bahia Fórum Social: Crise e Trabalho


30/01/2010



Estava oficializado: a principal atividade do Fórum Social Mundial Temático - Bahia, no dia 30 de dezembro/2010 seria na Faculdade Integradas Olga Mettig, na Rua das Mangueiras, 33, no bairro de Nazaré - Salvador/Ba. O debate ficaria por conta de Francisco Canindé Pegado, Secretário Geral da UGT. Na mesa, orientando os trabalhos os dirigentes estaduais da entidade Álvaro Rios e Magno Lavigne.

A militância foi convocada e compareceu ostentando a camisa da UGT com orgulho. A faculdade já estava ocupada e o debate não poderia ocorrer ali. Os organizadores marcaram um segundo lugar, depois um terceiro. Mesmo assim o pequeno auditório da Federação dos Empregados no Comércio dos Estados da Bahia e Sergipe ficou completamente lotado, com outro tanto de militantes do lado de fora.

Monopolização ou medo?

Após a apresentação o líder operário Canindé Pegado foi claro: não temos culpa pelo que está ocorrendo, mas saberemos dar o troco". Com esta frase ganhou a simpatia da platéia.

Ele foi afirmativo e direto: "No Movimento Operário temos de tudo. Temos centrais sindicais patronais que mais parecem um caminhão de lixo. Pegam de tudo, sem se importar com o conteúdo ou se aquilo de fato interessa a classe trabalhadora. Só conseguiremos superar isto com unidade, com luta e com coragem. São doze centrais sindicais no Brasil, com seis devidamente registradas. O trabalho e as lutas serão árduas e exigirão de cada um de nós suor,fé, coragem e competência", afirmou Canindé Pegado.

Logo depois, já com absoluto controle da platéia atenta voltou a afirmar: "Nossa grande bandeira é a luta pela redução do horário de trabalho, sem nenhuma redução dos salários". A platéia aplaudiu concordando plenamente com a proposta.

Canindé Pegado lembrou que ha 22 anos ocorreu uma mexida nas leis que regulam as relações trabalhistas e de lá até hoje o Brasil mudou, tornou-se uma referência mundial, desenvolveu-se, ficou mais rico e nada foi feito para melhorar a vida sofrida dos trabalhadores nacionais. "Nossa mobilização levará a nossa vitória, a vitória dos trabalhadores brasileiros", afirmou Canindé.

Práticas anti-sindical

Ele pediu a reflexão da militância presente para as diversas práticas anti-sindicais que ocorrem hoje no Brasil, capitaneadas pelos empresários. Entre elas lembrou que o empregador hoje exige que o trabalhador tire seu nome das reivindicações sindicais
que pode exigir a presença do mesmo quando a categoria entra em greve, tornando o operário um fura-greve
as empresas podem substituir o grevista por um trabalhador subcontratado, terceirizado
completa descriminalização do trabalhador sindicalizado
a prática de exigir do trabalhador a sua assinatura contra a taxa sindical
o Ministério Público do Trabalho é hoje um órgão inimigo do dirigente sindical. Ele usa o TAC - Termo de Ajuste de Conduta para interferir na mobilização sindical.

Nesta parte Canindé Pegado pede que cada um pense direito no absurdo da lei existente no PEC 45 que informa que o trabalhador só pode procurar a Justiça se o empregador permitir e afirma, "não vejo o Ministério Público agindo contra os empresários".

Com a platéia atenta e participativa ele sentencia: "A razão da existência de uma central sindical é o enfrentamento destas grandes questões. A luta individual nada significa contra o poder patronal e do Estado. Só conseguiremos sucesso nesta empreitada com o fortalecimento do comando das centrais sindicais", concluiu.

Canindé Pegado chamou a atenção dos presentes para a crise do capitalismo. "Querem pegar a classe trabalhadora como bode da crise. Para cortar despesas querem cortar empregos. O mundo tem que pensar diferente. Não são os trabalhadores que terão que pagar a conta. O erro não foi nosso. A OIT - Organização Internacional do Trabalho, lançou um pacto mundial em defesa do emprego. Para piorar a situação o Brasil é o campeão mundial em taxa de juros, o que só prejudica a classe trabalhadora. Temos que lutar pelo pacto mundial pelo emprego. O emprego tem que ser a principal bandeira das centrais sindicais.

Por isto é que afirmo sempre: A UGT é pela unidade de ações junto as demais centrais sindicais propondo a elaboração de documentos a serem enviados para a presidência da República. Se cada central sair atirando para um lado, todos perderemos. Nossa luta será sempre pela unidade, pela coragem e pela ação", finalizou Canindé Pegado"


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