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Brasil pode erradicar a pobreza até 2016


13/01/2010



Se o Brasil mantiver o mesmo ritmo de diminuição da pobreza extrema e da desigualdade de renda observados nos últimos cinco anos poderá obter, em 2016, indicadores sociais próximos aos de países desenvolvidos. Da mesma forma, poderá alcançar uma taxa de pobreza absoluta de 4%. A informação é da Agência Brasil com base em dados divulgados nesta terça-feira (12) pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), vinculado a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.O estudo mostra que são considerados pobres extremos aqueles que recebem até 25% de um salário mínimo por mês, enquanto os pobres absolutos dispõem mensalmente de até 50% de um salário mínimo.

A divulgação dos resultados da pesquisa foi feita em São Paulo. Se projetados os melhores desempenhos brasileiros alcançados recentemente em termos de diminuição da pobreza e da desigualdade (período 2003-2008) para o ano de 2016, o resultado seria um quadro social muito positivo. O Brasil pode praticamente superar o problema da pobreza extrema, assim como alcançar uma taxa nacional de pobreza absoluta de apenas 4%, o que significa quase a sua erradicação", diz trecho do documento.

Segundo o Ipea, a tendência de o país ter em 2016, seguido o ritmo dos últimos cinco anos, a desigualdade da renda do trabalho em 0,488 do índice Gini - coeficiente que varia de 0 a 1, segundo o qual quanto mais próximo do zero, menor é a desigualdade de renda num país e quanto mais próximo de 1, maior a concentração de renda. Em 1960, ano da primeira pesquisa sobre desigualdade no Brasil, verificou-se índice Gini de 0,499 no país. Em 2005, o índice Gini nos Estados Unidos era de 0,46
na Itália, 0,33
e na Dinamarca, 0,24.

Para o presidente nacional da UGT ( União Geral dos Trabalhadores),Ricardo Patah, não deixa de ser uma boa noticia, "até porque é um direito que todo cidadão tenha acesso aos programas de inclusão social e saia da faixa de miserabilidade", disse. A UGT, defende em sua Carta de Princípios um mundo cada vez mais íntegro, harmonioso, o que não se consegue enquanto existir essa discriminação, onde uma minoria tem muito e uma maioria não tem praticamente nada, sendo forçada a viver numa faixa de extrema miséria. "A UGT prega o fim de privilégios e discriminações e que direitos humanos seja para todos e não apenas para alguns", cita Patah.

O Ipea aponta ainda outros três fatores decisivos no combate a pobreza e desigualdade: a elevação do gasto social no país, que cresceu de 19% do PIB (Produto Interno Bruto) em 1990 para 21,9% do PIB em 2005
a descentralização da política social, com o aumento do papel do município na implementação das políticas sociais, instância que saltou 53,8% em participação nos gastos sociais no período de 1980 a 2008
e a participação social na formatação e gestão das políticas sociais. De acordo com o instituto, a consolidação institucional do quadro geral das leis sociais no Brasil seria um passo importante para a manutenção, nos próximos anos, do enfrentamento da pobreza e da desigualdade no país. "O estabelecimento de uma nova lei que regule a responsabilidade e o compromisso social, com metas, recursos, cronogramas e coordenação, se mostra importante para que o Brasil possa chegar a alcançar indicadores sociais observados atualmente nos países desenvolvidos. Tudo isso, é claro, sem retrocessos em termos de maior participação da sociedade na formatação, monitoramento e controle das políticas públicas", complementa o documento.

A UGT, conforme Ricardo Patah, entende que liberdade e justiça social são bens em permanente construção e fazem parte da trajetória de mobilização e da luta de todos os povos. "Portanto, enquanto tivermos pessoas dormindo debaixo de pontes e viadutos, famílias sem fontes de renda sequer para se alimentar, espalhadas pelo interior do país, patrões explorando o trabalho escravo e adolescentes servindo de exploração sexual, o Brasil continuará estagnado e não conseguirá eliminar de suas estatísticas esse vergonhoso item sobre miséria e desigualdades", acentua o presidente da UGT. Uma das saídas para esse problema, lembra Patah é investir mais na educação em todos os niveis.

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