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Preços para a terceira idade sobem 0,51% no quarto trimestre de 2009


07/01/2010



O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i) avançou 0,51% no quarto trimestre de 2009, em relação ao mesmo período do ano anterior (2008). Os dados, coletados pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) foram divulgados nesta quinta-feira (7) pela Agência Brasil. O indicador mede a inflação para famílias compostas, em sua maioria, por pessoas com mais de 60 anos. No ano, o indicador acumulou alta de 4,09%, superando a inflação para todas as famílias, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR), que ficou em 3,95%.

Para o presidente nacional da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Patah, esse é um dos motivos pelos quais a central sindical se opõe a atual política do governo federal direcionada aos aposentados, em especial aqueles com rendimentos pouco mais de um salário mínimo. Os números são claros e mostram que no ano passado a inflação, para as pessoas idosas, foi de 4,9% quase dois pontos percentuais acima do aumento medido pela FGV(3,95%)", disse Patah.

Itens de vestuário ficaram mais caros, passando de -0,44% para 2,13%, assim como transportes, cuja taxa passou de 0,77% para 1,76%, e educação, de -0,44% para 1%. Os destaques foram os reajustes na roupas (de -0,80% para 1,93%), em álcool combustível (de 8,65% para 16,33%) e nas passagens aéreas (de -5,3% para 7,83%). O presidente da UGT lamenta que o governo não adote políticas com vistas à minimizar as dificuldades enfrentadas por essas famílias de idosos. "Diversas dessas famílias vivem em situações deprimentes e, em muitos casos, precisam contar com assistência de filhos ou de terceiros para conseguir sobreviver", lembra Ricardo Patah.

No tocante a medida do governo de repor a inflação mais 50% do PIB, que aponta um resultado de 6,2% para os aposentados não corresponde à realidade. Tanto que a UGT e outras centrais sindicais lançaram um manifesto discordando, "porque tal decisão é uma prova de falta de sensibilidade à situação dos aposentados e aposentadas", afirma Patah, deixando claro de que a UGT continuará insistindo junto ao Governo Federal e o Congresso Nacional para que se restabeleça o respeito aos aposentados e pensionistas que recebem acima de um salário mínimo e que tiveram seus ganhos reduzidos ao longo dos anos"


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