19/12/2009
Com três dirigentes na Delegação Oficial do Brasil, a nossa União Geral dos Trabalhadores-UGT se faz presente na Reunião dde cúpula do Clima que começou dia 7 corrente e se encerra no dia 18 nesse mês de dezembro. Convocada quando da assinatura do Protocolo de Kyoto em 2007, essa Conferência da ONU, transforma o território onde se realiza o evento em território internacional no período. Isso impede a polícia local de reprimir manifestações de quaisquer em quase todas as situações. Daí o ressoar que a imprensa internacional divulga aos quatro cantos do planeta. Inclusive no Brasil, apesar dos nossos panetones que ocupam os espaços mais nobres dos nossos jornais nesses dias.
O momento nobre da reunião vai acontecer nos dias 17 e 18 quando mais de 100 chefes de Estado presentes já confirmados, inclusive o nosso Presidente Lula e também o presidente americano Obama, estarão juntos assinando o acordo possível de redução de emissão de gazes que fazem a temperatura do planeta aumentar pouco a pouco, mas sempre.
As mudanças climáticas, até poucos anos a traz ainda causava dúvidas a poucos. Hoje é pauta de qualquer ser humano que assiste esses recordes, de chuvas, de calor e secas que se espalham por quase todo território nacional. As dúvidas são se nossos governantes serão sábios, arrojados e destemidos ou apenas politicamente conseqüentes com o cargo que ocupam.
O começo do encontro trouxe algumas surpresas e uma delas foi o vazamento de um documento onde aparecia a intenção de não permitir que países considerados emergentes (China, Brasil, Índia, Rússia, Indonésia e outros) não pudessem dispor dos recursos de um Fundo Ambiental, que será criado no decorrer da Conferência. Esses recursos ajudará os países considerados mais pobres a cuidar do seu ambiente, ou compensar a poluição dos mais industrializados. Poluidor pagador" é uma terminologia conhecida no meio. O possível equívoco foi desfeito, mas ficou a dúvida, já que o vazamento veio da própria delegação da Dinamarca que ciosa que o país não fique para eternidade como túmulo de um evento tão esperado e que não resultou em nada, como Kyoto que ficou assim designado pela ausência da assinatura dos USA naquele então governado pelo antecessor do Presidente Obama, que não vale nem a pena nominar aqui nesse momento.
As contradições no interior da reunião são incomensuráveis. Conciliar interesses de países como a China, num processo de crescimento sem parâmetros na humanidade. Com uma população de mais de um bilhão de habitantes e se preparando pra se tornar a maior economia do planeta no século XXI. Destronando os USA que reinou durante todo século XX. E países pequenos, mas paraísos do turismo internacional, como as pequenas ilhas-países em geral no Oceano Pacífico, que estando a poucos metros de altura do mar, desaparecerão caso a temperatura aumente em dois graus Celsius até 2020. Tuvalu, por exemplo, com 26 km² e apenas 12 mil habitantes esta há 5 metros de altitude. Maldivas, é um arquipélago no Oceano Índico com 390 mil habitantes e há pouco mais de 2 metros acima do mar. Kiribati é outro território com 112 mil habitantes no Pacífico que perdeu parte do seu território que submergiu, e tem apenas 112 mil habitantes e apenas 12 das 33 ilhas do arquipélago são habitadas.
É provável que o acordo final fique como um aviso para humanidade que avançamos o sinal, como habitantes do planeta e que agora temos que refazer hábitos que vai exigir sacrifício de todos. Se a maioria cumprir a sua parte, a minoria, constrangida se rende e retomamos o caminho do progresso sem atalhos que coloquem o Planeta em risco. "
UGT - União Geral dos Trabalhadores