09/12/2009
A diretoria do Sindimoto( Sindicato dos Motoboys de São Paulo), filiado à UGT (União Geral dos Trabalhadores) é contra a proibição do tráfego de motos nos corredores entre os carros, como pretende o deputado federal Carlos Zaratini (PT-SP) em seu projeto de lei 2.872/08. A posição contrária é baseada em quatro motivos, um dos quais por entender que a proibição não irá diminuir o número de acidentes, já que não existem dados estatísticos oficiais comprovando isso. As pesquisas apontam que a maioria dos acidentes ocorrem em cruzamentos, freadas bruscas e troca e troca de faixa dos automóveis quando não usam a seta
Na sua justificativa, o deputado Zaratini alega que o espaço entre os veículos é um corredor de segurança e não para moto passar. A diretoria do Sindimoto entende que esse espaço é o que dá agilidade ao serviço de motofrete e e quando usado com prudência pelo profissional de duas rodas torna-se uma ferramenta eficaz na entrega de documentos valiosíssimos em tempo útil e serviços vitais como os de policiais, bombeiros, motolinks de emissoras de TV e até entrega de órgãos para transplante entre outros", diz trecho da nota oficial emitida pela diretoria do Sindimoto-SP.
Transformar essa opção de trabalho do motoboy numa infração gravíssima, inclusive com multa de R$ 191,54, além de pontos na carta de habilitação não irá resolver o problema, no entendimento da direção do sindicato que representa esses trabalhadores com motos da capital paulistana. Recentes matérias publicadas em jornais de São Paulo mostraram que, mesmo com o aumento de multas e penalidades, os acidentes de trânsito não diminuíram. Pela proposta do deputado Carlos Zaratini, os motociclistas poderão trafegar entre os carros quando o trânsito estiver parado, com velocidade reduzida, sem colocar em risco a segurança dos demais veículos e pedestres. "Gostaríamos de saber então se, no caso dos pedestres, com essa proibição das motos circularem nos corredores, eles poderão atravessar fora da faixa destinada a eles?,questiona a direção do Sindimoto-SP.
A diretoria deixa claro que Sindimoto-SP não é conta leis que melhorem as condições de trabalhos de seus associados, dando-lhes mais segurança no exercício da profissão. "Também estamos levando adiante um projeto que visa à redução de acidentes envolvendo motoboys e, em parceria com a Prefeitura de São Paulo, viabilizando a implantação de outras motovias. Achamos que um trabalho em conjunto entre os órgãos públicos, empresas de motofrete, pessoas ligadas ao setor e o SindimotoSP, é que, de fato, trará soluções práticas ao assunto referido", encerra a nota oficial."
UGT - União Geral dos Trabalhadores