04/12/2009
A fusão entre a Casas Bahia e o Grupo Pão de Açúcar esta sendo vista com grande preocupação pelo Sindicato dos Comerciários de São Paulo. A união entre os dois grupos, na avaliação do Sindicato, cria a maior rede varejista do País, com quase 140 mil trabalhadores e o sindicato teme que ela acabe provocando demissões, o que não é bom para o País. Por essa razão o sindicato já solicitou uma reunião com a direção do Pão de Açúcar para exigir a manutenção dos empregos e a equalização dos benefícios entre os funcionários dos dois grupos.
Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, onde esta a sede das duas empresas, disse não ser contra a fusão, mas que não abre mão da manutenção dos empregos, e espera que a analise que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) irá fazer sobre o negócio, não leve apenas em consideração a concentração no varejo que vai acontecer, mas também a manutenção dos empregos. Vamos chamar o Ministério do Trabalho para acompanhar o processo e também vamos solicitar a participação dos trabalhadores nas discussões, pela garantia dos empregos", disse o Sindicalista.
Ricardo Patah disse que num levantamento, mesmo que superficial, feito junto aos sindicatos dos comerciários do Brasil, chegou-se a conclusão de que a soma entre os supermercados, hipermercados, lojas do Ponto Frio e das Casas Bahia, o Grupo Pão de Açúcar passará a contar com 1.600 pontos de vendas e 140 mil empregos e, de acordo com informações do próprio grupo, terá um faturamento perto a 40 bilhões."Esse é um número extremamente significativo e o governo deve ficar atento se essa concentração no varejo não poderá causar danos a livre concorrência e ao consumidor e, evidentemente, a manutenção dos empregos".
O sindicalista lembra a gigante Wal Mart, que é a maior rede de varejo do mundo e, se beneficiando desse fato, não tem um bom relacionamento com os trabalhadores, principalmente nos Estados Unidos, onde fica a matriz do grupo."
UGT - União Geral dos Trabalhadores