UGT UGT

Filiado à:


Filiado Filiado 2

Notícias

Quatro palestras encerram Encontro dos Trabalhadores Rurais da UGT


04/12/2009



Temas relacionados à migração, mecanização da lavoura, situação dos ruralistas paraibanos e questões jurídicas encerraram, no dia de hoje (3), o 2º Encontro de Trabalhadores Rurais do Estado de São Paulo que a UGT (União Geral dos Trabalhadores) promoveu. O evento foi realizado no auditório da Colônia de Férias do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, em Praia Grande, litoral Sul do Estado.

O presidente da FETAG (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado da Paraíba), Leberalino Ferreira de Lucena, abriu a série de debates fazendo uma síntese das atividades da entidade que tem 214 sindicatos(de trabalhadores rurais). O estado da Paraíba tem 223 municípios e em apenas nove não existem sindicatos rurais", disse. Lamentou, contudo, que o processo de assentamento dos "sem terra" tem sido uma "negação" com apenas 650 áreas de assentamentos, mas sem nenhum tipo de assistência para que as famílias possam desenvolver o processo de preparo e cultivo da terra.

O advogado Paulo Cesar, o "PC", do Departamento Jurídico da UGT, foi o segundo expositor falando sobre o tema "TAC (Termo de Ajustamento de Conduta)". Começou esclarecendo os funções do MP(Ministério Público) e concluiu sugerindo que os dirigentes sindicais não assinem os TACs sem antes consultar seus advogados. Disse que dependendo do caso, fica melhor deixar o processo tramitar em juízo.

"Contribuição Confederativa e Contribuição Assistencial" foi o assunto que o advogado Dr. Sandro Rezende, do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 2ª Região, discorreu como terceiro palestrante. Elogiou os conteúdos dos dois palestrantes que o antecederam (Liberalini e PC), dizendo que o sindicalismo precisa de recursos financeiros para se manter, Explicou que os sindicatos tem suas receitas baseadas na contribuição confederativa e na assistencial alem das mensalidades, estas voluntárias.

Para encerrar, o professor Francisco Alves, o "Chiquinho", foi encarregado de explorar o tema "Mecanização no Campo e o Processo Migratório. Na abertura, disse estar contente ao fazer uma enquete e constatar que a maioria dos presentes era formada por nordestinos e filhos de nordestinos. Sobre a migração, falou que é composta por jovens na faixa de 18 a 27 pertencentes a agricultores da agricultura familiar. Desse ciclo migratório, segundo Chiquinho, parte vai para a Amazônia e outra para São Paulo trabalhar na agricultura canavieira. "Os empresários do setor preferem esses migrantes por criarem casos.Não discutem. Trabalham calados porque precisam do dinheiro para a sua sobrevivência e mandar para os parentes no nordeste", alertou.

Sobre a mecanização da colheita de cana, o palestrante disse que os empresários não estão interessados justamente porque o sistema manual é mais barato. "Paga-se pouco e não quebra como as máquinas", disse. Mais adiante lembrou que se mecanizar esse serviço, a tendência é que 1 milhão de hectares de terras não mais serão usadas com o plantio de cana porque são em áreas irregulares e as máquinas só operam em terrenos planos. "Essas áreas poderia ser usadas para o assentamento de famílias, mas com assistência técnica e financeira", lembrou. Chiquinho acredita ainda que a mecanização da lavoura poderá criar pelo menos 70 mil novos empregos entre mecânicos de colhedeiras, operadores, dentre outros.

O encerramento do 2º Encontros dos Trabalhadores Rurais da UGT, que contou com a participação de aproximadamente 220 pessoas entre sindicalistas e trabalhadores, foi feita pelo vice-presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, José Gonzaga da Cruz. Ao agradecer a participação dos palestrantes e dos ouvintes, Gonzaga lembrou que a UGT "é uma central sindical que estará sempre ao lado dos trabalhadores e trabalhadoras do campo. Falou que as multinacionais estão comprando terras no Brasil "e por isso os sindicatos devem ficar alertas e unidos caso contrário as multinacionais compram todo o Brasil"."


Categorizado em: UGT,


logo

UGT - União Geral dos Trabalhadores


Rua Formosa, 367 - 4º andar - Centro - São Paulo/SP - 01049-911 - Tel.: (11) 2111-7300
© 2023 Todos os direitos reservados.