11/11/2009
O número de trabalhadores com direito a receber o décimo terceiro salário aumentou em 2,4%. Neste ano, 69,9 milhões de pessoas vão receber a gratificação de Natal, no total de R$ 84,8 bilhões, quantia que ultrapassa em R$ 6,8 bilhões a soma registrada no ano passado. As informações são do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e divulgados nesta terça-feira (10) pela Agência Brasil.Esse valor equivale a 2,8% do Produto Interno Bruto (a soma das riquezas produzidas no país.
A maioria dos beneficiados é de trabalhadores que estão em atividade com carteira assinada (60,3%) ou 42,1 milhões de pessoas. Os aposentados e pensionistas representam 38,3%, ou 26,8 milhões de pessoas. Os empregados domésticos registrados em carteira somam 1,8 milhão de pessoas ou 2,5% do total com direito ao 13º.
Os aposentados e pensionistas da União (regime próprio) representam 1,4% do universo de beneficiados, com 1 milhão de pessoas que vão receber 5,7% do valor total ou R$ 4,8 bilhões. Os aposentados e pensionistas dos estados terão direito a R$ 4,3 bilhões ou 5,1% do valor total a ser pago.
Para o presidente nacional da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Patah , que se encontra em Brasília presidindo a plenária da UGT, essa é uma boa notícia porque representa um aumento de trabalhadores que saíram da informalidade e trabalham com carteiras assinadas o que lhes dão também mais segurança. Além disso, segundo Patah, o décimo terceiro salário vai proporcionar que esses trabalhadores, aposentados e pensionistas tenham um Natal mais alegre. Sem contar que esse montante de dinheiro estimado (RS 84,8 bilhões) representará um considerável aumento das vendas no comércio", disse Ricardo Patah.
O estudo tomou por base os dados da Rais ( Relação Anual de Informações Sociais) e do Caged ( Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego)
da Pnad( Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), que é do IBGE( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgado em 2008, além de indicadores do Ministério da Previdência e Assistência Social e da Secretaria Nacional do Tesouro.
O montante não leva em consideração os adiantamentos da primeira parcela do 13º que são pagos em muitas empresas mediante ACT(Acordo Coletivo de Trabalho) ou de CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) ou em negociação que permite a antecipação no momento em que o trabalhador entra de férias. Mesmo assim, a maior parte (70%) dos pagamentos deve ser feita no final de ano, conforme prevê o Dieese.
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UGT - União Geral dos Trabalhadores