04/11/2009
Na segunda-feira (9) a classe trabalhadora da Alemanha comemora os 20 anos da queda do Muro de Belim (Berliner Mauer" em alemão). Essa muralha, símbolo da "Guerra Fria", fora construída em 1961, dividindo, durante 28 anos a Alemanha em dois blocos: a República Democrática, que seguia o regime socialista liderado pela União Soviética e a República Federal, conduzida sob o regime capitalista.
Também chamado de "Muro da Vergonha, a sua derrubada foi noticiada no mundo todo com a união das duas nações germânicas e comemorada por milhares de trabalhadores e trabalhadoras nelas residentes. "Sem dúvida alguma que esse acontecimento histórico tem a sua importância porque representa as aspirações de um povo sofrido submisso a um regime opressor", disse o presidente nacional da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Patah.
Hoje, segundo Patah, a Alemanha é um país moderno e considerado uma das maiores potências do mundo e que possui um movimento sindical forte e respeitado. O presidente da UGT cita que por várias ocasiões esteve lá participando de encontros promovidos por lideranças sindicais alemãs, numa prova evidente de que a democracia ainda é o melhor regime para se viver. "Todas as vezes que lá estive pude constatar também o espírito fraterno e hospitaleiro dos companheiros e companheiras germânicos", complementa.
O início da construção do Muro de Berlim foi no dia 13 de agosto de 1961 e dele faziam parte 66,5 km de gradeamento metálico, 302 torres de observação, 127 redes metálicas eletrificadas com alarme e 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda.Nos seus 28 anos de existência, 80 pessoas devidamente identificadas morreram, 112 ficaram feridas e milhares de outras foram aprisionadas nas diversas tentativas de atravessá-lo.Algumas partes do muro acabaram em museus de todo o mundo e outras foram fragmentadas para serem vendidas em pedacinhos como lembrança aos turistas que visitam a capital alemã."
UGT - União Geral dos Trabalhadores