30/10/2009
A realização histórica do modo de produção e consumo do capitalismo tem se baseado em perseguir o domínio da Natureza e a exploração do trabalho humano ( todas as riquezas do Planeta passam a ser vistas como recursos, a serem explorados sem limites, não só para atender a necessidades humanas, mas para gerarem lucro para os empreendedores, sem uma repartição justa de seus frutos, e ainda expoliando a saúde dos trabalhadores em ambientes de trabalho poluídos, perigosos e penosos, como bem conhecem aqueles que estão hoje no campo de debate da Saúde dos Trabalhadores.
Os esforços para implementar o desenvolvimento sustentável envolvem ajustes e oportunidades em níveis nacional, empresarial e os trabalhadores estão entre os principais interessados.
Os impactos das mudanças climáticas no Brasil segundo o 4º relatório do IPCC
· No nordeste do Brasil as áreas semi-áridas e áridas vão sofrer uma redução dos recursos hídricos por causa das mudanças climáticas. A vegetação semi-árida provavelmente será substituída por uma vegetação típica da região árida. Nas florestas tropicais, é provável a ocorrência de extinção de espécies.
· A recarga estimada dos lençóis freáticos irá diminuir dramaticamente em mais de 70% no nordeste brasileiro (comparado aos índices de 1961-1990 e da década de 2050).
· As chuvas irão aumentar no sudeste com impacto direto na agricultura e no aumento da freqüência e da intensidade das inundações nas grandes cidades como Rio de Janeiro e São Paulo.
· No futuro, o nível do mar, a variabilidade climática e os desastres provocados pelas mudanças climáticas devem ter impactos nos mangues.
· De 38 a 45% das plantas cerrado correm risco de extinção se a temperatura aumentar em 1.7°C em relação aos níveis da era pré-industrial. Hoje, o planeta já está 0,7ºC mais quente que na época.
Amazônia
· Eventos climáticos extremos altamente inusitados já relados como a seca de 2005.
· Potencial aumento da seca foi quantitativamente projetado durante a fase crítica de crescimento da vegetação, por causa da elevação da temperatura e da diminuição das chuvas no verão.
· Nas áreas não fragmentadas da floresta amazônica o efeito direto do CO2 na fotossíntese, bem como uma regeneração florestal mais rápida, podem ter causado um aumento substancial na densidade de lianas - espécie de trepadeiras lenhosas - nas duas últimas décadas.
· A conversão de florestas em lavouras afeta o clima porque altera o albedo regional e o fluxo de calor latente, causando o aumento de temperatura adicional no verão em regiões importantes na Amazônia.
· Grandes perdas de biodiversidade ocorrerão com um aquecimento de 2.0°C a 3.0°C acima dos níveis pré-industriais.
· O aumento na temperatura e a diminuição de água no solo irão levar à savanização na região leste.
Fonte: WWF BRASIL
UGT - União Geral dos Trabalhadores