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Foi coroado de êxito o Seminário Nacional de Economia que a UGT (União Geral dos Trabalhadores) promoveu na manhã desta quinta-feira (29) no Hotel Braston, região central de São Paulo. O tema foi A Crise Econômica Mundial e as Perspectivas do Brasil". O sucesso, segundo os participantes, deveu-se a qualidade das palestras apresentada pelos convidados especiais, abordando um assunto "complexo que é a economia, mas importante tanto para dirigentes sindicais como a classe trabalhadora" segundo o presidente da UGT, Ricardo Patah, ao fazer a abertura. A equipe de palestrantes foi formada por Luis Paulo Rosemberg, John Fernandes, Domério Nassar de Oliveira, Márcio Pochmann, fechando com o presidente do Banco Central, Henrique de Campos Meirelles.

O primeiro a falar foi o consultor econômico da Rosemberg & Associados, Luiz Paulo Rosemberg que discorreu sobre "O Mundo e o Brasil em 2010: Céu de Brigadeiro ou Turbulências?" Usando uma linguagem simples, fez um breve relato das origens da crise financeira internacional e suas conseqüências para o resto do mundo, salientando que o mundo ainda sentirá tais efeitos pelo menos por uns 18 meses. Sobre o Brasil, disse que a crise chegou no seu melhor momento devido a política econômica implantada pelo presidente Lula que conseguiu evitar maiores transtornos no mercado interno. No tocante ao tema "O Mundo e o Brasil em 2010: Céu de Brigadeiro ou Turbulências?", afirmou que a tendência é ser mais um "Céu de Brigadeiro" do que de "Turbulências".

O economista e Secretário para Assuntos Econômicos da UGT, John Fernandes, falou sobre os componentes da crise financeira mundial. Usando gráficos, procurou mostrar ao público alguns pontos que culminaram com a "eclosão" da crise e as principais medidas tomadas pelo presidente dos Estados Unidos, Barak Obama. O Consultor de Economia da UGT, Domério Nassar de Oliveira, falou sobre "Elementos para uma Nova Política Econômica". Explorou assuntos relacionados a "Matrix Financista", "O Bancos como emissores de crédito: a moeda real", "Consumo e investimentos não se excluem" "O gasto como condição de crescimento" e "O Equilíbrio na expansão do Consumo e da Capacidade de Produção.

Falando de improviso economista, Márcio Pochmann abordou o tema "Os Impactos da Crise Mundial sobre o Mundo do trabalho no Brasil" , começou criticando o fato de "umas 500 grandes corporações estarem dizendo o que deve ser feito na política econômica" e afirmou que o Brasil tem se saído bem de crises, citando episódios ocorridos na época do Império, passando para a República e comentando as medidas tomadas na década de 30 para vencer a grande depressão de 1929. Alertou sobre as mudanças que virão na área de empregos quando o setor terciário passará a ser fundamental, alertando os dirigentes sindicais para se prepararem nesse sentido. Falou também que haverá mudanças na estrutura familiar com casais tendo menos filhos. "