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Cerca de três meses após as comemorações do Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou no dia 18 de setembro números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios registrando que, em 2008, o trabalho infantil diminuiu 7,6%. Desse total, chama a atenção o grande número de meninas nessas condições, que segundo o relatório Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil 2009" chega a 100 milhões em todo o mundo.

O documento, emitido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em junho, chamou a atenção para a condição das crianças do sexo feminino devido ao crescimento da competitividade econômica, às dificuldades surgidas desde a crise mundial e, também, por sua fragilidade em algumas culturas que costumam colocar a educação e os direitos básicos dos meninos como prioridade familiar. Segundo a OIT, investir na educação de meninas pode ser uma forma efetiva de combate à pobreza como um todo, já que, quando educadas, elas tendem a ganhar mais, casar-se mais tardiamente, ter filhos mais saudáveis e em menor número e garantir que suas crianças serão educadas.

Segundo os números do Pnad, 4,5 milhões de pessoas com a idade entre 5 e 17 anos de idade - 10,2% do total - trabalhavam no ano passado, apesar de a idade mínima no Brasil para tal ser de 16 anos. Em 2007, esse total correspondia a 4,8 milhões de menores de idade, representando 10,9% da população nessa faixa etária.

No dia 10 de setembro, o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos havia lançado relatório afirmando que o Brasil usa trabalho infantil ou forçado em 13 setores da economia. Apesar de estar empatado em terceiro lugar com Bangladesh em número de ocorrências, o país também é listado como um dos que são mais transparentes em relação a esses dados, ao lado de exemplos como o da Argentina, Bolívia, Colômbia e Índia."