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Sindicato filiado à UGT publica revista sobre os 100 anos do ensino técnico.


06/10/2009

O Sintec (Sindicato dos Técnicos Industriais do Ceará), filiado à UGT (União Geral dos Trabalhadores) editou uma revista especial alusiva aos 100 anos de Ensino Técnico no Brasil. Tendo na capa a foto do ex-presidente Nilo Peçanha, responsável pela oficialização do ensino profissionalizante no país, a revista publica matéria especial ilustrada com fotos históricas, sobre essa modalidade de ensino, desde o seu surgimento , em 1825, durante o Império. A revista tem Marina Valente, como jornalista responsável e trás, ainda, uma entrevista com o professor Cláudio Ricardo Gomes de Lima, reitor do Instituto Federal do Ceará e outras interessantes matérias relacionadas ao ensino técnico.

O presidente do Sintec, Têonio da Silva, que também preside a UGT do Ceará, qualifica como fantástica história" esse século de "formação, resistência, tradição, vitória e luta que foi testemunhada ao longo de 100 anos por um incontável número de jovens olhares curiosos, ávidos por conhecimento e capazes de grandes transformações, os olhares dos alunos e alunas que, em todo o Brasil, fizeram e fazem parte das mais diversas instituições com tantos outros olhares, mais experientes e sábios, de professores e gestores que carinhosamente dedicam suas vidas a partilhar o conhecimento", diz o presidente na sua mensagem endereçada aos leitores e leitoras da revista. A Publicação foi elogiada por todos os presidentes estaduais da UGT que participaram do Órgão Colegiado, realizado nesta segunda-feira (5) na sede nacional, em São Paulo.

(Leia abaixo a íntegra da matéria sobre os 100 anos de Ensino Técnico no Brasil).

História do ensino técnico no Brasil

Há 100 anos que as Escolas Técnicas profissionalizantes são uma realidade para a juventude brasileira. Ao longo dos anos,elas formaram gerações de técnicos que alavancaram o crescimento da nossa nação e, com isso, ajudaram a construir a história do Brasil.

As Escolas Técnicas profissionalizantes remontam os primeiros anos seguintes à Independência, com a necessidade de ocupar os jovens que não tinham acesso à educação básica convencional e que constituíam, segundo o governo imperial, potenciais perigos. Já por volta de 1825, a Província de São Paulo criou Colônias Orfanológicas para a formação de crianças órfãs e abandonadas, com o objetivo de treiná-los como pedreiros, marceneiros, forneiros, serradores, cozinheiros e agricultores, atividades produtivas próprias da população mais pobre do Brasil dos anos 1800. Essas instituições profissionalizantes, dotadas de um caráter assistencialista, se difundiram pelo Brasil, chegando a capitais como Fortaleza, Salvador, Rio de Janeiro e Belém..

Entretanto, só em meados do século XX é que as Escolas de Formação Profissional, como a conhecemos, tiveram sua origem. Em23 de setembro de 1909, com o decreto 7.566 o então Presidente Nilo Peçanha (primeiro presidente mulato, alvo de discriminação em sua época),instituiu as Escolas de Aprendizes Artífices nas capitais dos Estados brasileiros. Elas surgem como resposta à crescente necessidade de profissionais nas diversas áreas de atividade econômica, advinda da lenta modernização da indústria brasileira e, com isso, a necessidade de ampliar a produtividade do trabalhador.

A grande referência para o modelo de educação profissionalizante brasileiro foi o dos Estados Unidos. Personagens importantes da pedagogia no Brasil, tal como Lourenço Filho, foram até as terras ianques a fim de importar os métodos de formação técnica para as escolas tupiniquins. No entanto, somente quando as Escolas Técnicas profissionalizantes passaram a atender a demanda das indústrias e, com isso, perderam o seu caráter meramente assistencialista, herdado de suas formas primitivas, é que puderam ter sucesso em seus objetivos. Assim surgem, em 1911, em São Paulo, s Escolas femininas e masculinas no bairro operário do Brás. Ao sair, os jovens encontravam emprego nas pequenas oficinas e grandes indústrias da região, além de serem empregados, também, como mestres e repassadores do conhecimento adquirido.

Durante o Estado Novo, em 1937, a Constituição daquele ano estabelece o ensino profissionalizante. Já no ano de 1941 a educação profissional é promovida ao grau secundarista, com duração de 3 anos e necessidade do exame de admissão para o ingresso nos Liceus Industriais. No ano seguinte. Em 1942. Decreto 4.127 estabelece a criação das Escolas Industriais e Técnicas, que na realidade apenas muda o Noé dos antigos Liceus. Com o aquecimento da indústria brasileira no pós 2ª Guerra, as Escolas Industriais ganham um novo fôlego, graças à grande demanda pelos seus profissionais. Não foi diferente nos anos de Juscelino Kubitschek , com a demanda da indústria automobilística.

Durante o Governo Militar, as Escolas Industriais são transformadas em Escolas Técnicas Federais, por ordem do Presidente Costa e Silva. Em 78, já com ares de reabertura política, as Escolas Federais do Paraná, Minas e Rio de Janeiro são convertidos em Centros Federais de Educação Tecnológica. Anos depois, a partir de 1994, as Escolas Técnicas de todo o Brasil são convertidos em CEFETs, que se expandiram fortemente nos anos 2000, dando origem, atualmente, os Institutos Federais de Educação, ciências e Tecnologias, com educação técnica superior,além do já tradicional ensino médio tecnológico.

As grandes e pequenas mudanças que ocorreram nos 100 anos de história da educação profissional favoreceram a formação da mão-de-obra necessária para o desenvolvimento nacional, assim como propiciaram a realização de vida de jovens profissionais. As novas mudanças na Educação Técnica, sua conversão em educação superior, enfim, abrem novas perspectivas que, certamente, estão ligada aos propósitos de desenvolvimento."


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