02/10/2009
Oito dias após a deflagração de uma greve nacional, bancários e banqueiros voltaram a se reunir na quinta-feira (1) para retomar as negociações. A expectativa era de que neste encontro a Fenaban melhorasse sua proposta de reajuste salarial para a categoria, já que o índice apresentado anteriormente, de 4,5% de reajuste, foi rejeitado nas assembléias realizadas em todo o país porque não contempla um aumento real nos salários. A greve continua. Até o último dia 30, 6.826 agências estavam fechadas em todo o país, com um crescimento de 137% em relação ao início da greve.
Porém, os banqueiros mais uma frustraram as expectativas dos bancários. A reunião acabou no início da noite sem grandes novidades. Não foi apresentada contraproposta diferente de 4,5% de reajuste, mas apenas iniciaram os debates sobre as novas regras da PLR. As negociações prosseguem na manhã desta sexta-feira (2), no Maksoud Plaza Hotel em São Paulo.
Através da CONTEC (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito), os bancários de todo o país, representados pelos sindicatos filiados à UGT (União Geral dos Trabalhadores), estão participando efetivamente das negociações e não abrem mão de um aumento real nos salários, melhoria na PLR (Participação nos Lucros e Resultados), valorização dos pisos salariais, contratação de mais bancários, proteção ao emprego (principalmente nos bancos que sofreram processo de fusão/incorporação), melhores condições de saúde, de segurança e trabalho e implantação de medidas que visem combater o assédio moral nos locais de trabalho.
Desde o primeiro dia da greve o movimento só aumentou, o que demonstra a insatisfação dos bancários com o descaso com que vêm sendo tratados pelos banqueiros", afirma Edson Roberto dos Santos, Secretário para Assuntos de Finanças, Créditos e Seguros da UGT. Na negociação específica do Banco do Brasil que aconteceu na última quarta-feira (30/09), o banco anunciou a contratação de 3.000 novos funcionários e a criação de comitês de ética nos estados visando combater o assédio moral. O banco também informou que manterá o mesmo modelo de PLR em vigor. Os bancários da UGT também negociam com a CEF( Caixa Econômica Federal) nesta sexta-feira,(02).
(De:Rogério Marques - Sindicato dos Bancários de Franca e Região)"
UGT - União Geral dos Trabalhadores