21/09/2009
Hoje, 21 de setembro, os varredores de São Paulo estão em greve. Foi a única alternativa que a categoria, representada pelo Siemaco-SP, filiado à UGT e presidida por Moacyr Pereira, encontrou para tentar estancar a violenta onda de demissões em massa contra a categoria.
A União Geral dos Trabalhadores (UGT) está solidária com o movimento e mobiliza todo o seu aparato funcional e jurídico para apoiar a greve e a busca de negociações, junto à Prefeitura de São Paulo para que os objetivos sejam alcançados rapidamente", afirma Marcos Afonso de Oliveira, secretário de comunicações da UGT.
O Siemaco de São Paulo exige a recontratação imediata dos demitidos e a suspensão dos atuais avisos-prévios emitidos pelas empresas. Já foram demitidos 586 trabalhadores e outros 1.300 já cumprem aviso prévio. E a ameaça de demissão em massa continua, sem a sinalização de um acordo. "A categoria se vê vítima de um confronto entre a prefeitura e as empresas", afirma Moacyr Pereira.
O prefeito Gilberto Kassab (DEM) ordenou um corte de 20% das verbas de varrição. As empresas responderam com o corte dos trabalhadores, que ameaça atingir 40% da categoria, numa clara disputa com a Prefeitura e que deixa o prejuízo para os trabalhadores da varrição.
"Apesar da paralisação de apenas 20% da categoria, em respeito à legislação, apostamos numa rápida negociação e que os tribunais entendam nossa reivindicação de reversão das demissões e estabilidade de três meses no emprego", diz Moacyr Pereira.
O movimento conta com o apoio da UGT e da opinião pública, pois os cidadãos de São Paulo percebem o valor que os trabalhadores da varrição agrega à saúde pública da cidade. "Só quando reduzem a verba para a limpeza com demissão da categoria é que se percebe nosso valor, mostrado pelas ruas e avenidas cheias de detritos", diz o presidente da entidade."
UGT - União Geral dos Trabalhadores