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Os avanços da telefonia brasileira


20/08/2009



Da: Secretaria Nacional de Divulgação e Comunicação da UGT

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) divulgou que houve um aumento de celulares no Brasil em julho, de 1,45% em relação ao mês anterior. Isso dá conta da existência de 161,922 milhões de aparelhos. A média chega a ser de um aparelho por habitante. É o avanço da tecnologia. Além do aumento de novas linhas, as fábricas continuam inovando através da produção de equipamentos super modernos. Aliás, um aparelho celular hoje não serve só para fazer ligações. Tem mil e uma utilidades.

Como o Brasil avançou na área das comunicações! Na época do Império usava-se a correspondência. Depois surgiu o telégrafo. O telefone veio em seguida. O telex foi outro sistema. Várias empresas tinham uma máquina de telex que permanecia ligada para receber ou enviar mensagens. O fax apareceu como equipamento super-moderno capaz de retransmitir textos e imagens praticamente na hora. Era um telefone mais completo.

Mas a ciência não estava satisfeita e continuou a pesquisar e aprimorar o sistema de comunicações. Tanto é que inventaram o Bip". Um pequeno aparelho que recebia sinal de mensagens. O proprietário desse equipamento ligava para uma central que lhe passava a mensagem. Esse aparelho chegou a ser "artigo de luxo" porque poucas pessoas tinham condições financeiras de adquiri-lo.

No início da década de 70 o Brasil entra para a era da telefonia móvel. Da mesma forma que para se conseguir uma linha telefônica fixa(residencial ou comercial) a pessoa interessada tinha que esperar anos e anos, a do celular não deixava por menos. Ter um celular era coisa para gente importante. Grandes empresários, políticos, banqueiros e por ai a fora. Era outro artigo de luxo que substituía o "Bip'

No Estado de São Paulo a Telesp (Telecomunicações do Estado de São Paulo S/a.) era a responsável pelo cadastramento de pessoas interessadas em adquirir um celular. E como era difícil esse cadastro! Primeiro porque só podia ser feito via telefone (0800). O problema era conseguir completar uma ligação já que a procura era maior que a demanda de recursos para atender os interessados.

Feito cadastro, o candidato a essa linha móvel tinha que esperar anos e anos. Tinha aqueles mais espertos que faziam a inscrição e depois vendiam a carta de adesão. Ganhava-se muito dinheiro com esse tipo de transação, embora não reconhecido oficialmente pela Telesp. Aliás, também a transação de linhas de telefones fixos foi lucrativa para muita gente.

Decorridos 37 anos de seu lançamento no Brasil, o celular deixou de ser uma sofisticação. Desde crianças até adultos de todas as classes sociais têm seu aparelho. Ou os seus aparelhos. Aliás, até nos presídios a telefonia celular está presente como ferramenta dos traficantes, que cumprem penas, para se comunicarem com seus fornecedores ou distribuidores.

Finalizando, vale a pena registrar que o Governo do Presidente Lula agendou para 1 a 3 de dezembro próximos a 1ª Conferência Nacional de Comunicações cujo tema central será "Comunicação: meios para a construção de direitos e de cidadania na era digital". Nesse tão esperado encontro será debatida o que temos hoje em matéria de comunicações e aquela que a população mais almeja.

Esse evento ganhou tanta importância que em todo o Brasil já vem sendo realizadas pré-conferências a níveis municipais e estaduais. E com certeza, a telefonia celular também será objeto das discussões.

Marcos Afonso Oliveira, é Secretário de Divulgação e Comunicação da UGT"


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