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UGT participa da Jornada Nacional Unificada de Lutas Nesta Sexta-feira


12/08/2009



As entidades dos movimentos sindicais, populares e estudantis, entre elas a UGT (União Geral dos Trabalhadores), promovem nesta sexta-feira (14), em todo território nacional, a Jornada Nacional Unificada de Lutas". É um movimento de protesto da classe trabalhadora contra as demissões e pela aprovação do projeto de lei, que reduz a jornada de trabalho sem redução de salários. Também defendem os direitos sociais.

Em São Paulo o movimento terá como local a Av. Paulista. A concentração será a partir das 10h da sexta-feira na Praça Osvaldo Cruz. A saída está prevista para as 11h. A primeira parada será em frente do prédio da Petrobrás e a segunda em frente ao prédio da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo),Banco Santander/ABN. O encerramento será em frente ao MASP(Museu de Artes de São Paulo) com um ato político.

Os organizadores elaboraram um documento contendo uma série de reivindicações, cujo teor transcrevemos abaixo:

JORNADA NACIONAL UNIFICADA DE LUTAS

NÃO ÀS DEMISSÕES. PELA REDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO SEM REDUÇÃO DE SALÁRIOS. EM DEFESA DOS DIREITOS SOCIAIS.

O Brasil vai às ruas no dia 14 de agosto. Os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade unidos contra a crise e as demissões , por emprego e melhores salários, pela manutenção dos direitos e pela sua ampliação, pela redução das taxas de juros, na luta pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários, pela reforma agrária e urbana e em defesa dos investimentos em políticas sociais.

A crise da especulação e dos monopólios estourou no centro do sistema capitalista mundial, os Estados Unidos da América, e atinge todas as economias.

Lá fora - e também no Brasil-, trilhões e dólares estão sendo torrados para cobrir o rombo nas multinacionais, em um poço sem fim. Mesmo assim, o desemprego se alastra, podendo atingir mais de 50 milhões de trabalhadores.

No Brasil, a ação nefasta e oportunista das multinacionais do setor automotivo e de empresas como a Vale do Rio Doce, CSN e Embraer, levou à demissão centenas de milhares de trabalhadores e trabalhadoras.

O Governo Federal, que injetou bilhões de reais na economia para salvar os bancos, as montadoras e as empresas de eletrodomésticos (linha branca), tem a obrigação de exigir a garantia de emprego para a Classe Trabalhadora como contrapartida à ajuda concedida.

O povo não é culpado pela crise. Ela é resultado de um sistema que entra em crise periodicamente e transforma o planeta em uma imensa ciranda financeira, com regras ditadas pelo mercado. Diante do fracasso desta lógica excludente, querem que a Classe Trabalhadora pague pela crise.

A precarização, o arrocho salarial e o desemprego prejudicam os mais pobres. Nas favelas e periferias. É preciso cortar drasticamente os juros, reduzir a jornada de trabalho sem reduzir salários, acelerar a reforma agrária e urbana, ampliar as políticas em habitação, saneamento, educação e saúde e medidas concretas dos governos para impedir as demissões, garantir o emprego e a renda dos trabalhadores.

Com este espírito de unidade e luta, vamos realizar em todo o país grandes mobilizações.

NÃO ÀS DEMISSÕES ! PELA RATIFICAÇÃO DAS (*)CONVENÇÕES 151 E 158 DA OIT!

REDUÇÃO DOS JUROS! FIM DO SUPERÁVIT PRIMÁRIO! REDUÇÃO DA JORNADA SEM REDUÇÃO DE SALÁRIOS E DIREITOS! REFORMA AGRÁRIA E URBANA, JÁ ! FIM DO FATOR PREVIDENCIÁRIO ! EM DEFESA DA PETROBRÁS E DAS RIQUEZAS DO PRÉ-SAL! POR SAÚDE, EDUCAÇÃO E MORADIA! POR UMA LEGISLAÇÃO QUE PROÍBA AS DEMISSÕES EM MASSA! PELA CONTINUIDADE DA VALORIZAÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO E PELA SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL AOS POVOS!

(*) A Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho - OIT regulamenta a negociação coletiva no serviço público, enquanto a Convenção 158 restringe a demissão imotivada de trabalhadores.

ORGANIZADORES:

ENTIDADES DOS MOVIMENTOS POPULARES, SINDICAL E ESTUDANTIL"


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