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Crise pune mais a baixa renda e menor escolaridade


10/08/2009



A Femaco, desde sua criação há 15 anos, organiza os trabalhadores da categoria de serviços, asseio e conservação, que pertencem à base da pirâmide social, para facilitar a empregabilidade e negociar níveis salariais que sejam minimamente compatíveis com a sobrevivência no Estado de São Paulo.

Chegou a crise financeira mundial, com conseqüências desastrosas para a classe trabalhadora no mundo inteiro e no Brasil. Os trabalhadores foram os primeiros a pagar pela crise, com o corte de novas vagas e com demissão continuada.

Mas os efeitos nefastos da crise no Brasil atingiram em cheio os trabalhadores da base da pirâmide social. Texto publicado hoje, 7 de agosto, na Folha de S. Paulo, apoiado em dados do Ministério do Trabalho, mostra que os trabalhadores com pouca escolaridade e menor renda foram os mais afetados pela crise econômica mundial, perdendo espaço no mercado de trabalho formal no ano passado".

Em 2008, o mercado formal de trabalho fechou vagas para quem tinha até a oitava série, segmento que registrou saldo negativo (diferença entre contratações e demissões) de 147.764 postos, afetando mais quem tinha apenas quatro anos de estudo. Os empregos criados no ano passado foram destinados a quem tinha oito anos ou mais, principalmente as pessoas que concluíram ensino médio e curso superior.

Chamamos a atenção para a gravidade da situação porque os trabalhadores e trabalhadoras da base da pirâmide social são também frágeis na busca de alternativas de sobrevivência fora do mercado formal. Além disso, como agentes sociais necessários à manutenção do tecido social, por serem vítimas da crise financeira mundial, devem (ou deveriam) ter a atenção dos órgãos públicos na busca de alternativas imediatas à sobrevivência.

O Brasil, a Femaco e os seus sindicatos filiados lutaram durante muitos anos para a preservação mínima da qualidade de vida da categoria. Conseguimos mobilizar nosso pessoal a favor dos avanços democráticos e, juntos, negociamos ao longo dos anos repetidos acordos salariais acima da inflação.

Agora, com as conseqüências nefastas da crise, foi dado o sinal da alerta. Não queremos ser as vítimas preferenciais. O Brasil não pode aceitar tal situação. E algo precisa ser feito com urgência para proteger a renda destas famílias e preservar o tecido social brasileiro. Com um investimento social, que vá além dos discursos oficiais, que temos certeza, custará muito menos do que foi gasto a fundo perdido para se recuperar banqueiros e especuladores, diretamente envolvidos na geração da atual crise mundial."


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