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Trabalhador analfabeto continua a ganhar menos no Brasil


10/08/2009



A média dos rendimentos reais do trabalhador brasileiro subiu entre 2007 e 2008. O RAIS ( Relatório Anual de Informações Sociais), divulgado na quinta-feira(6) pelo ministro, Carlos Lupi, do Trabalho e Emprego aponta que o crescimento da média salarial no ano passado foi de 3,52% acima da inflação. Em 2007, ano em que a economia brasileira mais cresceu, o aumento da média salarial foi de 0,68%.

O ministro Lupi, explica que ocorreu demissões de trabalhadores com menor escolaridade e a manutenção dos empregos de quem tem nível de formação mais alto e, consequentemente, maiores salários. Sobre isso, o presidente nacional da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Patah, lamenta a existência desse tipo de discriminação. Os dados estatísticos levantados pelo próprio governo admitem a existência de uma faixa de trabalhadores e trabalhadores excluídos porque não tem formação profissional", diz.

A UGT, segundo o presidente Patah, tem como uma de suas bandeiras a luta pela melhoria na educação, sob todos os níveis, porque só dessa forma o trabalhador brasileiro terá como galgar postos melhores no mercado de trabalho e, automaticamente, salários mais dignos. É preciso, na opinião de Ricardo Patah, que o Governo adote políticas direcionadas à ampliação e melhoria dos cursos profissionalizantes. "Com o avanço da tecnologia, o mercado de trabalho vem se modernizando e exigindo mais qualificação da parte daqueles que disputam as poucas vagas existentes", salienta Patah.

O relatório diz que entre os analfabetos, por exemplo, a quantidade de postos de trabalho diminuiu 3,91%. Já entre os trabalhadores com ensino superior completo, houve crescimento de 7,37% no número de empregos. A queda corresponde trabalhadores analfabetos até os que têm o ensino fundamental completo. A partir do ensino médio, contudo, o número de postos de trabalho volta a apresentar crescimento, que acompanha todas as faixas de escolaridade até o nível superior completo.

Outro ponto é relacionado a discriminação racial, outra bandeira de luta da UGT. O documento mostra que a diferença salarial é mais marcante quando se trata dos trabalhadores negros. Eles ganham, em média, 50% menos que os brancos. Na autodeclaração, 62,32% dos trabalhadores se dizem brancos, 27,31% se apresentam como pardos e 5,26%, como pretos ou negros. "Uma prova evidente de que o racismo continua imperando no mercado de trabalho e isso a UGT vem condenando veementemente", esclarece Ricardo Patah.

As mulheres,segundo o documento, são maioria entre os trabalhadores com escolaridade superior incompleta e superior completa - existem 3,6 milhões de mulheres formadas trabalhando formalmente, contra 2,5 milhões de homens. Apesar disso, elas ainda ganham o equivalente a 82,8% do salário deles. As faixas de 16 a 17 anos e de 50 a 64 anos tiveram crescimento nos postos de trabalho de 9,75% e 8,17%, respectivamente. O mesmo não se observa quanto ao emprego para trabalhadores com deficiência. Eles ocupam apenas 1% do mercado de trabalho, o que demonstra que as empresas não estão cumprindo a lei que determina que eles devem ocupar de 2% a 5% dos postos de trabalho"


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