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Acidentes com mortes aumentam na construção civil


05/08/2009

Nos sete primeiros meses deste ano 12 operários morreram em acidentes de trabalho, na construção civil. Nesse mesmo período, do ano passado o número de vítimas fatais foi de nove. Os dados são da SRTE (Superintendência do Trabalho de São Paulo), órgão ligado ao MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). Esse número é preocupante, segundo a Secretária Nacional de Saúde e Segurança no Trabalho da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Cleonice Caetano Souza, a Cléo". Uma das bandeiras da UGT, segundo Cléo é a educação sob todos os níveis, inclusive a formação profissional. "É preciso que o trabalhador esteja preparado para enfrentar os avanços tecnológicos do mercado de trabalho, mas acima de tudo, para conhecer melhor as normas de segurança e com isso evitar esses tipos de acidentes", explica a secretária ugetista, alertando que nem sempre o trabalhador é culpado pelo acidente.

O MTEvem aplicando multas nas empresas que funcionam em condições inadequadas. Para dirigente da UGT é uma forma de inibir o empresário e tentar forçá-lo a adotar medidas de segurança constantes na legislação. "Mas não há dinheiro de multa que pague pelas vidas perdidas, sem falar naqueles trabalhadores que sofreram ferimentos graves, alguns até inutilizados para o trabalho", salienta Cléo. Dados do INSS(Instituto Nacional de Seguridade Social) dão conta que em 2007, foram 2.804 mortes e 8.504 casos de invalidez permanente registrados em todos os setores da economia. Desse total, 28% foram na construção e no transporte. "É incrível que isso venha ocorrendo no Brasil. Até porque representa uma média diária de 31 trabalhadores que não mais compareceram aos canteiros de obras", complementa Cleonice.

A OIT (Organização Internacional do Trabalho) estima que 700 mil trabalhadores morram por ano vítimas de acidentes no mundo. No Brasil, são 12 mortes a cada 100 mil trabalhadores. Na Suécia, são 3 a cada 100 mi. A pressão pela entrega do serviço, a falta de cultura na prevenção de acidentes e a terceirização no setor também aumentam os riscos. Por outro lado, o trabalhador acaba correndo esses riscos para fugir do desemprego. Pesquisa feita pelo sindicato com 659 trabalhadores diz que um em cada 10 já foi vítima de acidentes. A mão e as costas são as partes mais afetadas em 36% deles. A principal causa das mortes, de acordo com o sindicato patronal é o uso de andaimes inadequados e a falta de consultorias e técnicos especializados em escavação, contenção e fundações em obras informais.

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