03/08/2009
JOSÉ SERGIO GABRIELLI: o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, deu uma entrevista ao jornal O Estado de São Paulo", quando simples e, candidamente, disse que estava "preparado para um vale tudo" e que "o ataque também faz parte da defesa". Ora, o presidente da Petrobrás apenas disse o óbvio nesse mundo de absurdo em que se transformou o Brasil: como há corrupção em todos os lados, deve certamente existir entre as fontes que investigam a Petrobrás. Ele sabe. Aí, a entrevista irritou "até a base aliada" e poderia "inviabilizar" o acordo para barrar a investigação, do interesse de todos. Leiam-se todos como governo, Petrobrás e parlamentares. Só, claro, não será do interesse do Brasil.
GANHOS REAIS: para Laerte Teixeira, vice-presidente da UGT, cuja data-base de seu sindicato (Sindinorte-SP) ocorreu em primeiro de junho, "está cada vez mais difícil sustentar ganhos reais nos acordos coletivos". Ele acredita que os acordos feitos ainda no primeiro semestre tem a possibilidade de apresentar ganhos acima da inflação no período de um ano imediatamente anterior, mas que, em relação ao futuro, deverá haver negociações penosas e árduas, impedindo acordos mais vantajosos para os trabalhadores. A crise é o argumento maior dos empresários, em que pesem os baixíssimos salários do Brasil. "Aumentar os salários é um dos caminhos para vencer a crise", diz Laerte Teixeira da Costa.
A VELHA CHINA: reportagens em todos os jornais brasileiros, naturalmente pouco consistentes, como tudo o que se refere à China, dão conta que, com a crise, os produtos brasileiros tem seus mercados encolhidos. No lugar, avançam os produtos chineses, mais competitivos e mais baratos. Entre os países em que o Brasil vem perdendo mercado, estão Argentina e Estados Unidos, dois de nossos mais tradicionais parceiros comerciais. Para agravar o quadro, o Brasil aumenta visivelmente sua participação nas importações chinesas. Não se sabe porque o Brasil continua sendo um agente passivo diante da agilidade de comércio internacional.
CRISE AFETA MAIS OS RICOS: não fique satisfeito, mas os levantamentos da Fundação Getúlio Vargas (Centro de Política Social) mostram que as classes A e B estão entre as que mais perderam renda no Brasil, confirmando uma tendência anterior. Os números da FGV mostram que a classe C teve crescimento da renda média (3,9% entre janeiro e abril deste ano). Sabe-se que no Brasil a classe C representa mais de 50% da população. Em termos de consumo (dados não divulgados ou não compilados), acredita-se que normalmente o poder de fogo das classes mais abastadas é mais consistente. Os dados são insuficientes para uma análise mais aprofundada, mas o economista Marcelo Neri, em entrevista ao Estadão, disse que os números representam boa notícia.
O PRÉ-SAL É NOSSO: com o mote da vitoriosa campanha do passado "o Petróleo é nosso", a União Geral dos Trabalhadores, presidida por Ricardo Patah, saiu à frente e tem feito manifestações em defesa do pré-sal. Sabe-se que há muitas opiniões em relação à exploração do petróleo nas áreas do pré-sal e a UGT quer preservar os interesses nacionais. "
UGT - União Geral dos Trabalhadores