24/07/2009
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (24), em seu discurso na 37ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, que a região não pode tolerar o golpe contra o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya.
Lula afirmou que o golpe contra Zelaya é um retrocesso democrático que não pode ser tolerado e com que não se pode transigir".
O presidente brasileiro expressou seu apoio "ao esforço da comunidade internacional" para que Zelaya possa voltar a exercer o poder, "para o qual foi eleito".
Em seu primeiro discurso na Cúpula do Mercosul, Lula lembrou a figura do ex-presidente da Argentina Raúl Alfonsín, morto em março, que "esteve na raiz" do nascimento do Mercosul.
Crise
Além disso, destacou que a reunião presidencial de Assunção acontece em um momento no qual ainda não são conhecidos os custos sociais da "crise mais grave da economia mundial".
"Não basta recuperar a confiança no sistema bancário mundial", disse Lula, que pediu a defesa dos níveis de emprego e do desenvolvimento econômico dos países da região.
Ele afirmou que a região está recuperando o crescimento, graças, entre outros, ao comércio interregional e devido ao Mercosul, e disse que, neste momento, os países integrantes não precisam, como antes, recorrer a organismos financeiros internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Lula defendeu aprofundar o caráter social do processo de integração, com avanços, por exemplo, na institucionalização do Parlamento do mecanismo.
Lula frisou que a "mão visível do Estado" foi a começou a evitar o colapso ameaçado pela crise. "No Brasil , impedimos as aventuras financeiras que vimos em outros países capitalistas, foram protegidos os direitos dos mais desprotegidos", disse."
UGT - União Geral dos Trabalhadores