22/07/2009
O companheiro da UTAL, Luis Hernando Rios A. enviou texto da encíclica do Papa Benedito XVI, que fala sobre a atuação dos sindicatos. Reproduzimos abaixo o teor do texto:
BENEDICTO XVI: CARTA ENCÍCLICA CARITAS IN VERITATE"
SOBRE EL DESARROLLO HUMANO INTEGRAL EN LA CARIDAD Y EN LA VERDAD
Julio 2009
63. Al considerar los problemas del desarrollo, se ha de resaltar la relación entre pobreza y desocupación. Los pobres son en muchos casos el resultado de la violación de la dignidad del trabajo humano, bien porque se limitan sus posibilidades (desocupación, subocupación), bien porque se devalúan «los derechos que fluyen del mismo, especialmente el derecho al justo salario, a la seguridad de la persona del trabajador y de su familia»[143]. Por esto, ya el 1 de mayo de 2000, mi predecesor Juan Pablo II, de venerada memoria, con ocasión del Jubileo de los Trabajadores, lanzó un llamamiento para «una coalición mundial a favor del trabajo decente»[144], alentando la estrategia de la Organización Internacional del Trabajo. De esta manera, daba un fuerte apoyo moral a este objetivo, como aspiración de las familias en todos los países del mundo. Pero ¿qué significa la palabra «decente» aplicada al trabajo? Significa un trabajo que, en cualquier sociedad, sea expresión de la dignidad esencial de todo hombre o mujer: un trabajo libremente elegido, que asocie efectivamente a los trabajadores, hombres y mujeres, al desarrollo de su comunidad
un trabajo que, de este modo, haga que los trabajadores sean respetados, evitando toda discriminación
un trabajo que permita satisfacer las necesidades de las familias y escolarizar a los hijos sin que se vean obligados a trabajar
un trabajo que consienta a los trabajadores organizarse libremente y hacer oír su voz
un trabajo que deje espacio para reencontrarse adecuadamente con las propias raíces en el ámbito personal, familiar y espiritual
un trabajo que asegure una condición digna a los trabajadores que llegan a la jubilación.
64. En la reflexión sobre el tema del trabajo, es oportuno hacer un llamamiento a las organizaciones sindicales de los trabajadores, desde siempre alentadas y sostenidas por la Iglesia, ante la urgente exigencia de abrirse a las nuevas perspectivas que surgen en el ámbito laboral. Las organizaciones sindicales están llamadas a hacerse cargo de los nuevos problemas de nuestra sociedad, superando las limitaciones propias de los sindicatos de clase. Me refiero, por ejemplo, a ese conjunto de cuestiones que los estudiosos de las ciencias sociales señalan en el conflicto entre persona-trabajadora y persona-consumidora. Sin que sea necesario adoptar la tesis de que se ha efectuado un desplazamiento de la centralidad del trabajador a la centralidad del consumidor, parece en cualquier caso que éste es también un terreno para experiencias sindicales innovadoras. El contexto global en el que se desarrolla el trabajo requiere igualmente que las organizaciones sindicales nacionales, ceñidas sobre todo a la defensa de los intereses de sus afiliados, vuelvan su mirada también hacia los no afiliados y, en particular, hacia los trabajadores de los países en vía de desarrollo, donde tantas veces se violan los derechos sociales. La defensa de estos trabajadores, promovida también mediante iniciativas apropiadas en favor de los países de origen, permitirá a las organizaciones sindicales poner de relieve las auténticas razones éticas y culturales que las han consentido ser, en contextos sociales y laborales diversos, un factor decisivo para el desarrollo. Sigue siendo válida la tradicional enseñanza de la Iglesia, que propone la distinción de papeles y funciones entre sindicato y política. Esta distinción permitirá a las organizaciones sindicales encontrar en la sociedad civil el ámbito más adecuado para su necesaria actuación en defensa y promoción del mundo del trabajo, sobre todo en favor de los trabajadores explotados y no representados, cuya amarga condición pasa desapercibida tantas veces ante los ojos distraídos de la sociedad.
Versão em Português:
Bento XVI: Carta Encíclica "CARITAS IN VERITATE"
SOBRE O DESENVOLVIMENTO
HUMANO INTEGRAL NA CARIDADE E NA VERDADE
Julho de 2009
63. Ao considerar os problemas de desenvolvimento, destacou a relação entre a pobreza e o desemprego. Os pobres são em muitas vezes o resultado da violação da dignidade do trabalho humano, porque as suas possibilidades são limitadas (desemprego, subemprego), ou porque são desvalorizados "os direitos que decorrem da mesma, especialmente, o direito à justa remuneração, a segurança do trabalhador e sua família "[143]. Portanto, desde o dia primeiro de maio de 2000, o meu predecessor João Paulo II, de venerada memória, por ocasião do Jubileu dos Trabalhadores, apelou a "uma coalizão global de trabalho decente" [144], incentivando a estratégia da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Desta forma, deu um forte apoio moral a este objetivo, como aspiração das famílias em todos os países do mundo. Mas o que significa a palavra 'decente' aplicada ao trabalho? Significa um trabalho que, em qualquer sociedade, é uma expressão da essencial dignidade de cada homem ou mulher: um trabalho livremente escolhido, combinando de forma eficaz com os trabalhadores, homens e mulheres, ao desenvolvimento de sua comunidade, um trabalho que permita satisfazer as necessidades das famílias e escolarizar os filhos sem que sejam obrigados a trabalhar, um emprego que você concorda com os trabalhadores para organizar livremente e fazer ouvir as suas vozes
uma tarefa que deixa margem para cumprir adequadamente com as próprias raízes no âmbito pessoal, familiar e espiritual
um trabalho que assegure uma condição digna para os trabalhadores que chegam a aposentadoria.
64. Ao refletir sobre o tema do trabalho, deve-se recorrer aos sindicatos de trabalhadores, sempre incentivada e apoiada pela Igreja, para a necessidade urgente de abertura de novas perspectivas que surgem no local de trabalho. Os sindicatos são chamados a estabelecer providências para os novos problemas da nossa sociedade, superando as limitações dos sindicatos da classe. Me refiro, por exemplo, a esse conjunto de questões que os estudiosos de ciências sociais apontam para o conflito entre a pessoa - trabalhadora e a pessoa - consumidora.
Sem necessariamente adotar a tese, de que houve uma mudança na centralidade do trabalhador para a centralidade do consumidor, parece, em qualquer caso, que é também uma forma inovadora de experiências sindicais. O contexto global em que o trabalho requer também que as organizações sindicais nacionais, em especial, vinculados a defender os interesses dos seus membros, também retornem o seu olhar para os não afiliados e, em particular para os trabalhadores de países em desenvolvimento, onde muitas vezes os direitos sociais são violados. A defesa destes trabalhadores, também promovida através de iniciativas apropriadas em favor dos países de origem, permitirá que os sindicatos destaquem os motivos éticos e culturais, em diferentes contextos sociais e trabalhistas, que tem sido um fator decisivo para o desenvolvimento. Ainda se aplica o ensinamento tradicional da Igreja, que propõe a distinção dos papéis e funções entre sindicato e política. Esta distinção permitirá às organizações da sociedade civil encontrar o âmbito mais adequado às suas medidas necessárias para defender e promover o mundo do trabalho, especialmente para os trabalhadores explorados e não representados, cuja esta condição amarga passa tantas vezes despercebido ante os olhos distraídos da sociedade."
UGT - União Geral dos Trabalhadores