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Presidente da FEDMETAL fala à UGT-MG sobre a Crise Mundial no setor da Metalurgia.


17/07/2009

A UGT-MG, preocupada com a crise mundial que gerou impactos diretos no setor da metalurgia, esteve na última quinta-feira (09) na Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos de MG e conversou com o presidente da FEDMETAL, o senhor Delson José de Oliveira.

Abaixo, entrevista com o Presidente Delson de Oliveira:

(UGT) 1 - De que forma a crise mundial afetou o seguimento da metalurgia em Minas Gerais, quando chegou ao Brasil,?

(Presidente) A crise chegou em meados de novembro e forte no nosso setor. As empresas não mais contrataram. Graças a Deus já tínhamos fechado as negociações, senão o risco dos patrões emperrarem as negociações alegando a crise seria grande. Mais ou menos em fevereiro começaram a informar que iriam demitir e solicitar a suspensão do contrato, redução de salários, etc.

(UGT) 2 - O seguimento foi de alguma forma obrigado a negociar a redução da jornada de trabalho e redução de salários?

(Presidente) Não! Em todas as nossas negociações não houve esse tipo de acordo.

(UGT) 3 - Passados os primeiros meses qual é a realidade atual?

(Presidente) No setor da metalurgia não estamos sentindo melhoras. Algumas empresas nesse momento solicitaram a redução da jornada com redução de salário, após a suspensão do contrato de trabalho. As negociações feitas anteriormente não resolveram o problema dos trabalhadores.

Mas estamos acreditando que em setembro ou outubro vamos virar esse jogo e reverter a situação.

(UGT) 4 - A redução do IPI auxiliou o seguimento no sentido de cessar a perda de empregos?

(Presidente) Sim! Não tenha dúvidas. Nos setores que houve a redução do IPI o efeito foi positivo. Os impostos no nosso país são muito altos, isso tem encarecido os produtos e dificultado o acesso da população a esses.

(UGT) 5 - Em sua opinião as ações governamentais foram satisfatórias?

(Presidente) Sim! O governo está de parabéns. Soube ter discernimento do que acontecia no mundo, interveio da maneira correta e a crise, como disse o Presidente, chega ao Brasil como uma marolinha.

(UGT) 6 - Quais ações práticas foram tomadas pela Entidade para minimizar os nefastos efeitos da crise econômica sobre os Trabalhadores?

(Presidente) Acordamos com as empresas: férias coletivas, remanejamento de áreas, suspensão do contrato de trabalho com garantia para os empregados. Orientamos todos os sindicatos filiados a nossa Federação a fazerem o mesmo.

(UGT) 7 - O Senhor acredita que é chegada hora das empresas dividirem os vultuosos lucros auferidos no pretérito à custa do suor dos Trabalhadores ao invés de reduzir postos de trabalho e até salários?

(Presidente) Claro! Mas como vamos fazer isso? As empresas no Brasil têm facilidade de criar mecanismos para mostrar que não obtêm lucros. Judicialmente somos impedidos de ter informações, alegando ingerência. Não temos provas para discutir os vultuosos lucros.

(UGT) 8 - O senhor percebe algo salutar a se retirar deste momento de crise?

(Presidente) O que tiramos é que em época de crise, crie. E nas dificuldades que manifesta nossa criatividade e capacidade humana de superar obstáculos.

(UGT) 9 - Qual foi a reação dos Trabalhadores frente às ameaças impostas pelas empresas?

(Presidente) Foi de medo. Pânico geral. Estava tudo bem no cenário mundial, as empresas empregando cada vez mais, tudo levava a crer em desenvolvimento e geração de postos de trabalho. De repente como um sonho, acordamos e a realidade é outra. Imagine um pai de família diante disso. Aceita tudo o que a empresa impõe a ele.

(UGT) 10 - Eles (os Trabalhadores) têm consciência da gravidade do momento ou acreditam ser apenas uma marolinha"?

(Presidente) Os trabalhadores têm consciência do momento em que vivem, pois eles são os mais afetados.

(UGT) 11 - Como o senhor acha que as Entidades representativas de Trabalhadores devem se postar ante os desafios postos pelo atual momento econômico?

(Presidente) Devem ser firmes, não vender direitos, buscar unidade com outras entidades para juntas se fortalecerem e ter maior poder de negociação, afinal a força do poder está na união.

(UGT) 12 - O modo de produção Capitalista embasado no modelo Liberal - Democrático ainda é o melhor modelo para humanidade?

(Presidente) Não acredito nisso. Devemos rediscutir a forma de produção e o acesso do trabalhador a esses bens. Não é justo o trabalhador vender sua força de trabalho barata, adoecer nas empresas ou perder a vida e jamais poder adquirir aqueles bens que ele produz, porque seu salário mal dá para garantir o alimento. Isso não é justo."


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