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Trabalhadores demitidos na França ameaçam explodir fábrica de peças


14/07/2009



Cerca de 360 trabalhadores demitidos da fabricante de autopeças New Fabris, em Chatellerault, na França, fechada em junho, ocuparam ontem(13) a empresa e ameaçaram explodir o local. A informação é do jornal Folha de São Paulo", dando conta de que os funcionários exigem das montadoras Renault e PSA Peugeot Citroën, principais clientes da New Fabris, indenização de 30 mil euros, equivalentes a R$ 82.764,84 para cada um pela demissão.

Essa informação foi comentada por dirigentes da UGT Nacional (União Geral dos Trabalhadores) que lamentaram a situação dos trabalhadores franceses os quais, em virtude da maléfica crise financeira mundial tiveram que adotar tais métodos para garantir aquilo que lhes é assegurado por direito. "É importante que os brasileiros tomem conhecimento e que fiquem alertas", disse o secretário Marcos Afonso de Oliveira, de Divulgação e Comunicação da UGT.

O delegado da CGT (Confederação Geral do Trabalho), Guy Eyermann, disse à emissora France Info que botijões de gás ligados entre si serão explodidos se não houver acordo até o próximo dia 31.Segundo os trabalhadores, cilindros ligados com um cordão inflamável foram instalados há cerca de dez dias na parte externa da fábrica.

"Se Renault e PSA se recusarem a nos dar a indenização, isso poderá explodir", disse Eyermann.

Os trabalhadores foram demitidos após a liquidação judicial da empresa, que esteve sob o controle do grupo italiano Zen por seis meses. No próximo dia 20, eles devem reunir-se com o ministro da Indústria do país.Ainda ontem(13), porém, o risco foi descartado pela assessora do governo local de Chatellerault (305 km a sudoeste de Paris), Anne Frackowiak. Ela afirmou que o diretor da fábrica havia confirmado que os botijões estavam vazios.

As montadoras Renault e PSA Peugeot Citroën disseram que não cabe a elas o pagamento de eventual indenização, e sim aos acionistas e à administração judicial.

O episódio em Chatellerault segue uma série de atos de violência deflagrados na França desde o agravamento da crise global. Neste ano, executivos de empresas como Sony, Caterpillar e Molex foram feitos reféns na França por trabalhadores demitidos em razão da crise."


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