14/02/2020
Os dados de produção de carne divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (13) ajudam a entender por que as proteínas animais ficaram tão caras no final do ano passado. E ainda estão.
A produção das três principais carnes do país —bovina, suína e de frango—, considerando o peso em carcaça, somou 25,9 milhões de toneladas em 2019, uma evolução de apenas 1,7% em relação a 2018. Os dados ainda são provisórios.
Já as exportações brasileiras subiram para 6,8 milhões de toneladas, 7% mais do que as de 2018.
Esse desequilíbrio entre os ritmos da produção e da exportação pesou no bolso do consumidor, já que parte do volume que era comercializado internamente passou a ser enviado para o exterior.
A Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) registrou uma evolução de 33% nos preços da carne suína em São Paulo em 2019. Já a bovina subiu 30%, e a de frango, 22%.
Os dados de produção de carne divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (13) ajudam a entender por que as proteínas animais ficaram tão caras no final do ano passado. E ainda estão.
A produção das três principais carnes do país —bovina, suína e de frango—, considerando o peso em carcaça, somou 25,9 milhões de toneladas em 2019, uma evolução de apenas 1,7% em relação a 2018. Os dados ainda são provisórios.
Já as exportações brasileiras subiram para 6,8 milhões de toneladas, 7% mais do que as de 2018.
Esse desequilíbrio entre os ritmos da produção e da exportação pesou no bolso do consumidor, já que parte do volume que era comercializado internamente passou a ser enviado para o exterior.
A Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) registrou uma evolução de 33% nos preços da carne suína em São Paulo em 2019. Já a bovina subiu 30%, e a de frango, 22%.
Conforme os dados do IBGE, a produção de carne suína foi a que mais cresceu em 2019, evoluindo 4,3%. Foi, porém, a que mais aumentou em volume exportado: 16,2%.
Aperto na renda e preço externo das carnes em alta, o que reflete no interno, provavelmente colocou um freio no consumo per capita nacional.
O apetite externo, principalmente o chinês, continua neste ano. Embora os preços tenham recuado no exterior, ainda estão elevados em relação aos patamares de dezembro de 2019. Com isso, o ensaio de queda das carnes no mercado interno foi interrompido neste mês.
A arroba do boi voltou a ser negociada próximo de R$ 200, após ter recuado para até R$ 188 em São Paulo.
Thiago Bernardino de Carvalho, pesquisador do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), diz que a carne bovina já subiu 8% neste mês. Um dos motivos é a menor oferta de gado no mercado.
O setor vive uma queda de braços entre pecuaristas e frigoríficos, frigoríficos e varejo, varejo e consumidor. Enquanto o pecuarista busca manter os preços do boi, os demais tentam uma redução nos preços.
Carvalho diz que o cenário no campo neste ano é diferente do de há um ano. Desde o semestre passado, há uma oferta menor de animais para engorda, devido ao abate de vacas no período de demanda forte por proteína.
O mesmo fenômeno ocorre na Argentina, país que retornou com força no mercado externo, exportando 850 mil toneladas de carne bovina em 2019, o maior volume em três décadas.
Com a oferta menor de gado de Brasil e Argentina, dois importantes produtores da América do Sul, os preços internacionais se manterão em patamares superiores aos do primeiro semestre de 2018, segurando também os valores internos de negociações.
As exportações brasileiras de fevereiro continuam aceleradas. Nos cinco primeiros dias úteis, os dados mais recentes da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) indicam vendas externas de carne suína 51% acima das de janeiro.
Conforme os dados do IBGE, a produção de carne suína foi a que mais cresceu em 2019, evoluindo 4,3%. Foi, porém, a que mais aumentou em volume exportado: 16,2%.
Aperto na renda e preço externo das carnes em alta, o que reflete no interno, provavelmente colocou um freio no consumo per capita nacional.
O apetite externo, principalmente o chinês, continua neste ano. Embora os preços tenham recuado no exterior, ainda estão elevados em relação aos patamares de dezembro de 2019. Com isso, o ensaio de queda das carnes no mercado interno foi interrompido neste mês.
A arroba do boi voltou a ser negociada próximo de R$ 200, após ter recuado para até R$ 188 em São Paulo.
Thiago Bernardino de Carvalho, pesquisador do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), diz que a carne bovina já subiu 8% neste mês. Um dos motivos é a menor oferta de gado no mercado.
O setor vive uma queda de braços entre pecuaristas e frigoríficos, frigoríficos e varejo, varejo e consumidor. Enquanto o pecuarista busca manter os preços do boi, os demais tentam uma redução nos preços.
Carvalho diz que o cenário no campo neste ano é diferente do de há um ano. Desde o semestre passado, há uma oferta menor de animais para engorda, devido ao abate de vacas no período de demanda forte por proteína.
O mesmo fenômeno ocorre na Argentina, país que retornou com força no mercado externo, exportando 850 mil toneladas de carne bovina em 2019, o maior volume em três décadas.
Com a oferta menor de gado de Brasil e Argentina, dois importantes produtores da América do Sul, os preços internacionais se manterão em patamares superiores aos do primeiro semestre de 2018, segurando também os valores internos de negociações.
As exportações brasileiras de fevereiro continuam aceleradas. Nos cinco primeiros dias úteis, os dados mais recentes da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) indicam vendas externas de carne suína 51% acima das de janeiro.
No mesmo período, as exportações de carne bovina cresceram 27%, e as de frango, 64%. Esses percentuais não devem se repetir até o final do mês, mas já indicam que o mercado externo continua com forte demanda.
Os preços internos no setor de proteínas está levando o faturamento do setor a patamares recordes. Dados desta quinta-feira do Ministério da Agricultura estimam que o VBP (Valor Bruto de Produção) da bovinocultura atingirá, pela primeira vez, R$ 100 bilhões neste ano.
Também recordes, os valores da avicultura e da suinocultura atingiram R$ 67,4 bilhões e R$ 21,4 bilhões, respectivamente.
No mesmo período, as exportações de carne bovina cresceram 27%, e as de frango, 64%. Esses percentuais não devem se repetir até o final do mês, mas já indicam que o mercado externo continua com forte demanda.
Os preços internos no setor de proteínas está levando o faturamento do setor a patamares recordes. Dados desta quinta-feira do Ministério da Agricultura estimam que o VBP (Valor Bruto de Produção) da bovinocultura atingirá, pela primeira vez, R$ 100 bilhões neste ano.
Também recordes, os valores da avicultura e da suinocultura atingiram R$ 67,4 bilhões e R$ 21,4 bilhões, respectivamente.
Fonte: Folha de S.Paulo
UGT - União Geral dos Trabalhadores