12/12/2019
A maioria das categorias profissionais este ano não conseguiu reajustes salariais compatíveis com as realidades determinadas com o alto índice do custo de vida do país e, infelizmente, muitas perderam inúmeros direitos que estavam, até agora, garantidos nas suas Convenções e Acordos Coletivos de Trabalho. Porém, esse não foi o resultado da campanha salarial dos trabalhadores da panificação em São Paulo.
Durante as negociações, o sindicato patronal chegou a apresentar proposta de reajustar os salários em 2,72% (INPC) e, pior, queria retirar da nossa Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) o Plano de Saúde, o direito a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) dos trabalhadores em período de experiência; acabar com a realização da homologação no nosso Sindicato e sem o acompanhamento do mesmo; entre outras conquistas.
Porém, o nosso Sindicato foi firme e, apesar das dificuldades durante todo o processo de negociação, os patrões foram convencidos pelos argumentos apresentados pelos nossos dirigentes, onde conseguimos garantir 3% de reajustes de forma linear (em todas as cláusulas econômicas como, por exemplo, nos Salários, Piso Salarial, PLR, Dia do Padeiro e Cesta Básica), além da manutenção de todas as conquistas e direitos que constam na Convenção Coletiva de Trabalho.
CATEGORIA DEVE SE PREPARAR: EMBATES SE TORNAM MAIS DIFÍCEIS A CADA ANO!
Mesmo antes de o governo Temer e sua maldita Reforma Trabalhista ser aprovada em 2017, o nosso Sindicato tem insistido e alertado a categoria, através de debates, assembleias, reuniões, seminários e inúmeras publicações sobre as intenções dos governos e dos patrões de jogarem nas costas do trabalhador a crise econômica estabelecida no país.
E para isso, o governo tem editado inúmeras Medidas Provisórias, aprovado Reformas como a Trabalhista e Previdenciária, assinado centenas de Decretos, os quais muitos de nós nem tomamos conhecimento no nosso dia a dia. E todos, absolutamente todos contrários aos interesses do trabalhador, do povo e do desenvolvimento do país enquanto nação soberana.
Essa é a dura realidade no Brasil hoje. Porém, muitos trabalhadores e trabalhadoras ainda não atentaram para tais riscos e, pior, acreditam que sem mobilização, participação e o fortalecimento do nosso Sindicato serão possíveis obter bons reajustes, manter e ampliar seus direitos. Infelizmente, estão enganados. Se a nossa categoria não entender que será necessário caminhar ombro a ombro com o Sindicato, participando, opinando, sendo sócia, sustentando as ações para garantir a eficácia nos atendimentos e nos serviços oferecidos não haverá avanços e, muito menos, garantias na manutenção dos nossos direitos históricos.
UGT - União Geral dos Trabalhadores