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Dois episódios ocorridos esta semana nos enchem de tristeza e indignação. No Mineirão, durante o jogo entre Atlético e Cruzeiro, no último domingo, um vigilante foi vítima de injúria racial por parte de dois torcedores do Galo.

Lamentável que ainda nos dias de hoje tenhamos que conviver com pessoas providas de tamanho preconceito. A Polícia Civil já identificou os autores desse crime e a nossa expectativa é de que sejam punidos com o rigor da lei.

Em Porto Velho (RO) uma gari foi humilhada enquanto varria as ruas da cidade e também foi vítima de preconceito pelo fato de estar “trabalhando maquiada, já que ficaria suja de toda forma”. Atitude que partiu de uma mulher em um carro de luxo.

Somos todos tão diferentes uns dos outros em tantos aspectos e, ao mesmo tempo, tão semelhantes: somos seres humanos. Isso só já deveria bastar para que respeito e tolerância fossem imperativos. Mas, definitivamente, estamos longe do ideal.

A UGT-MG repudia os fatos ocorridos e espera, das autoridades competentes, as atitudes necessárias contra os que teimam em se achar acima da lei.

Vale lembrar o que diz o Art. 3, inciso XLI, da Constituição Federal - "Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”; e o Art. 5º, inciso XLI: “a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais".

Paulo Roberto da Silva
Presidente da UGT-MG