17/06/2009
A questão do desemprego tem afetado vários países, entre eles, Estados Unidos e Espanha. Para discutir esse tema e buscar medidas favoráveis para combatê-lo, em Genebra, Suíça, acontece a 98º Conferência Internacional da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que iniciou dia 15.
Segundo a previsão da OIT, baseadas na contratação da economia mundial de 1,3% prevista pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), a entidade prevê um número recorde de desempregados neste ano, de 210 a 239 milhões de pessoas em todo o planeta, ou seja, uma taxa de desemprego mundial de 6,8% a 7,4%. De acordo com a organização, a crise do desemprego pode durar de quatro a cinco anos a mais que a crise econômica. Haverá 59 milhões de desempregados a mais no fim deste ano em relação ao fim de 2007, relatou a entidade.
Participam do evento os presidentes, do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, da Suíça, Nicolas Sarkozy, além de chefes de estado, de governo, representantes sindicais, patronais e 183 membros da OIT.
Juan Somavia, Diretor do Secretariado da OIT, afirmou que para limitar esta tendência, é preciso iniciar urgentemente um movimento de maior convergência entre os países. Elucidou ter esperança de que a cúpula permita mobilizar uma liderança para derrotar esta crise e traçar um caminho para uma globalização justa que ofereça oportunidades de trabalho decente a todos.
Declarou Lula, defender uma nova ordem econômica mundial e criticou com veemência os paraísos fiscais e a especulação financeira. Não podemos viver com paraísos fiscais, não podemos continuar vivendo com um sistema financeiro que especula, vende papel sem produzir, sem criar um único emprego, um único sapato, uma única gravata, acrescentou o presidente.
Sarkozy, por sua vez, pediu um reforço do papel da OIT ante as grandes instituições financeiras, como o FMI, o Bird (Banco Mundial) e a OMC (Organização Mundial do Comércio). "É necessário que a OIT possa ter o que dizer ante a OMC, o FMI e o Banco Mundial", afirmou Sarkozy. O dirigente francês insistiu na dimensão social da crise, que segundo o BIT ainda não foi combatida o suficiente.
(Avelino Garcia Filho, é Diretor Nacional do Secretariado da UGT e
Conselheiro Fiscal da SENTRACOS)"
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